Cotonicultores da BA conhecem programação de pesquisa com algodão para região do cerrado

​Conhecer a programação de pesquisa e estreitar laços de relacionamento foram os motivos da ida de um grupo de produtores ao Núcleo Regional do Algodão

03.08.2016 | 20:59 (UTC -3)
Rodrigo Peixoto

Conhecer a programação de pesquisa e estreitar laços de relacionamento foram os motivos da ida de um grupo de produtores ao Núcleo Regional do Algodão, situado na Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás-GO) no dia 29 de julho. A visita foi acompanhada pelos dirigentes da Fundação Bahia: Ademar Marçal (presidente); Zirlene Pinheiro (vice presidente); Clóvis Ceolin (diretor) e Nilson Vicente (gerente executivo), além dos produtores Paulo Schmidt e Orestes Mandelli.

Eles foram recepcionados pelos chefes gerais Flávio Breseghello (Embrapa Arroz e Feijão) e Sebastião Barbosa (Embrapa Algodão); e por Camilo Morello (coordenador do Núcleo Regional do Algodão). Além deles, participaram da visita a equipe composta por oito pesquisadores e três analistas que trabalham com a cotonicultura no cerrado; e profissionais da Embrapa Recursos Genéticos e Embrapa Produtos e Mercado.

O grupo de visitantes conheceu o laboratório de biotecnologia e percorreu as parcelas experimentais no campo, onde são feitas as avaliações dos materiais genéticos em desenvolvimento. Os visitantes também estiveram nas casas teladas, ambientes de cultivo controlado, onde são realizadas as introgressões de transgenes e multiplicações de sementes dos materiais em teste. Muitas das atividades compreendidas nessa visita são feitas em parceria institucional, com a própria Fundação Bahia, que tem sede em Luís Eduardo Magalhães (BA).

Foram apresentadas aos visitantes todas as etapas de um programa de melhoramento do algodoeiro, seja para o desenvolvimento de novas linhagens convencionais ou transgênicas. Entre as principais ferramentas empregadas no programa e mostradas na visita, está a genotipagem de plantas com vistas a seleção assistida por marcadores moleculares para caraterísticas relacionadas a resistência às doenças e nematoides. Destacou-se que todas as novas progênies, em avaliação em campo, tiveram suas plantas matrizes submetidas a esse procedimento.

Em outro momento da visita, os representantes dos produtores de algodão da Bahia estiveram em ensaios de desempenho de linhagens avançadas e finais do programa de melhoramento, nos quais constam as linhagens transgênicas com resistência a lagartas e tolerância a herbicida, e também em ensaios de VCU – Valor Cultural e Uso, com perspectivas para lançamento.

Adicionalmente aos trabalhos de melhoramento, os visitantes conheceram as ações de pesquisa em sistemas de produção, envolvendo esquemas de rotação e sucessão de culturas, escolha de espécies para cobertura do solo em sistema de plantio direto e métodos para destruição de restos culturais e plantas remanescentes.

O grupo de produtores de algodão que esteve na Embrapa Arroz e Feijão é parte da comitiva que participou de visita, no dia 13 de julho, à Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), quando foram apresentadas inovações para o manejo do bicudo nas áreas de ecologia, semioquímicos e controle biológico com fungos.

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