​Cultivo do algodão impressiona estudantes durante “Conhecendo o Campo” em Barreiras, BA

Além de simular a colheita do algodão, as crianças e adolescentes, na faixa entre 10 e 13 anos, conheceram o Laboratório de Entomologia e Fitotecnia

15.08.2017 | 20:59 (UTC -3)
Herbert Regis

Em meio ao sorriso registrado pelas fotos do celular, a estudante Helainy Sousa da Silva, 11, do 5º ano do ensino fundamental, não disfarçava a satisfação de estar pela primeira vez em uma colheita de algodão. “Só via algodão já pronto. Não sabia como fazia para ficar desse jeito", explica ela, ao apontar para a fibra em uma bolsa já cheia. Heliany integrou o grupo de estudantes da Escola Municipal Padre Vieira, em Barreiras (BA), que aprofundaram os conhecimentos sobre a cultura do algodão ao participar do projeto “Conhecendo o Campo" da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).

Além de simular a colheita do algodão, na Fazenda Modelo do Instituto da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Iaiba), as crianças e adolescentes, na faixa entre 10 e 13 anos, conheceram o Laboratório de Entomologia e Fitotecnia, onde são estudadas novas formas de combater as principais pragas que assolam a cultura, a exemplo do Bicudo, Lagarta do Cartucho e a Falsa Medideira. O projeto visa evidenciar para as futuras gerações a importância da geração econômica, social e ambiental da cadeia produtiva do algodão no oeste da Bahia.

Para a estudante Ruth dos Santos Sateles, 11, foi tudo muito novo. "Foi uma experiência muito rica ao saber que o algodão serve para tantas coisas como o óleo de cozinha ou para desinfetante". Por morar no Val do Boa Esperança, o plantio do algodão não é exatamente uma novidade para Mateus dos Santos, 14, do 7º ano, que ficou impressionado ao entrar no Laboratório de Entomologia. “Não sabia que tinha todo este cuidado para ter um algodão de qualidade", conta.

Ao apresentar a importância do algodão para a economia baiana, o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, ressaltou a importância do investimento em pesquisa e tecnologia. “O algodão é uma cultura complexa, principalmente pela quantidade de pragas, sendo necessário um manejo constante, desde o plantio à colheita, para garantir a qualidade da fibra", explica ao enaltecer os ótimos resultados da última safra no oeste baiano, que gerou uma produtividade recorde de 310 arrobas de fibra de algodão/hectare. "Tivemos chuvas regulares e os agricultores foram consistentes no uso de tecnologia adequada para o manejo principalmente do bicudo do algodão", afirma.

Para a coordenadora pedagógica do Colégio Padre Vieira, Daniela Mariano, a participação dos estudantes no projeto "Conhecendo o Campo" ajuda a ampliar os conhecimentos. "Estamos trabalhando em sala de aula a relação entre o Meio Ambiente e a Sustentabilidade, sendo importante perceber como os agricultores da região estão se empenhando em produzir e gerar emprego, mas também conservando o meio ambiente", explica ela, ao entender que os estudantes vão relacionar os conteúdos com a prática vivenciada na visita técnica.

Esta é a segunda edição do projeto "Conhecendo o Campo" da Abapa, que no ano passado, sensibilizou cerca de 30 crianças do Colégio Estadual Octávio Mangabeira, para a importância da cotonicultura para a economia e desenvolvimento do oeste da Bahia. A ação contou com o apoio da Iaiba, Prefeitura de Barreiras por meio da Secretaria de Educação e do Fundeagro.

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