Cultivo protegido de hortaliças atrai perfis diversos

​Interesses diversos e um objetivo: aprender sobre o sistema de cultivo protegido de hortaliças. Esse foi o perfil dos participantes do curso sobre o tema

04.09.2017 | 20:59 (UTC -3)
Gislene Alencar

Interesses diversos e um objetivo: aprender sobre o sistema de cultivo protegido de hortaliças. Esse foi o perfil dos participantes do curso sobre o tema, que terminou na quinta-feira (31/8) com visita técnica a áreas de produção no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina (DF). Nos dois dias anteriores, cerca 30 pessoas, entre agrônomos, técnicos, produtores rurais e professores, receberam informações sobre vários aspectos do cultivo como estruturas, manejo de doenças e pragas, fertilidade, irrigação.e controle de temperatura.

O evento foi realizado pela Embrapa Hortaliças (Brasília – DF) em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater – DF) e contou com palestras de pesquisadores e técnicos das duas instituições. Em sua terceira edição, o curso tem o objetivo de divulgar essa tecnologia que é caracterizada pelo uso de estufas, telados ou casas de vegetação. É essa estrutura, aliada ao manejo adequado, que possibilita aumento da qualidade e produtividade das hortaliças. 

Por demandar investimento inicial significativo, o cultivo protegido tem atraído produtores que desejam investir em produtos diferenciados e com valor agregado. Foi justamente isso que fez com que o produtor Emerson Amaral dedicasse dois hectares de sua propriedade ao cultivo protegido. “Há cinco anos comecei a plantar pimentão e pepino japonês e agora quero ampliar um pouco mais”, conta Emerson que percorreu 750 quilômetros entre Igarapé (MG) e Brasília para aprender mais sobre a tecnologia.

José Francisco Pitangui, técnico em agropecuária do Instituto Federal do Norte de Minas, campus Arinos, participou do curso para conhecer o cultivo protegido. “Em Arinos temos vários produtores e quem sabe futuramente a gente consegue implantar uma vitrine para divulgar e disseminar esse sistema”, diz esperançoso. Já o técnico agrícola Wellington Santos trabalha em uma empresa que produz sementes em cultivo protegido. “Para mim é um mundo novo, apesar de já trabalhar neste sistema é sempre interessante se capacitar e aliando teoria com prática facilita assimilar os conhecimentos”, diz Wellington que é recém-formado. 

Demandas: Em sua terceira edição, o agrônomo Francisco Herbeth, da área de Transferência e Tecnologia da Embrapa Hortaliças, explica que o curso contempla as principais demandas identificadas nos atendimentos de Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC). “O curso também estava focado em oferecer aos participantes  tecnologias relacionadas ao cultivo protegido como o sistema Irrigas. Ele é utilizado no manejo de irrigação, com destaque para os princípios de quando e quanto irrigar, com ganhos de produtividade aliados à redução de custos, obtida com a economia de água e energia", explica o coordenador.

Prática: No Núcleo Taquara, durante a visita, os participantes do curso conheceram áreas de cultivo protegido de alface (hidroponia) e de tomate. O gerente do escritório da Emater, em Taquara, Fabiano Carvalho, explicou sobre as estruturas e como tem sido a experiência na localidade, que tem maior concentração de cultivo protegido do Distrito Federal. 


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