Curso pós-colheita chega a 5ª edição com livro e estudo sobre efeitos do clima na citricultura paulista

Além de lançamento de livro sobre tecnologias empregadas no pós-colheita de hortifrútis, o evento traz um estudo de caso abordando os desafios da citricultura paulista

25.08.2017 | 20:59 (UTC -3)
Joana Silva

Com inscritos de 11 estados, o Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças chega a 5ª edição com novidades na programação. Além de lançamento de livro sobre tecnologias empregadas no pós-colheita de hortifrútis, o evento traz um estudo de caso abordando os desafios da citricultura paulista frente aos extremos climáticos.

Promovido e realizado pela na Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), o curso ocorre no período de 28 de agosto a 01 de setembro, com a participação de especialistas no assunto do Brasil e do exterior.

O pesquisador Silvio Crestana e o professor do Departamento de Horticultura da Universidade da Flórida, Gainesville (FL), Estados Unidos, Steven Sargent, discutem o cenário atual, tendências e perspectivas do mercado de frutas e hortaliças no Brasil e no país americano em uma mesa-redonda que abre o evento nesta segunda-feira, às 8 horas.

Crestana vai apresentar um estudo sobre os desafios da produção de frutas e hortaliças frente às mudanças climáticas, tendo como exemplo a citricultura paulista, enquanto Sargent abordará as tendências e perspectivas nos Estados Unidos.

O professor afirma que as perdas de frutas e hortaliças no mundo podem chegar até 60%. Nos Estados Unidos, em supermercado as perdas chegam de 9 a 16%. Uma pesquisa de 2011, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA na sigla em inglês), revelou que em âmbito do consumidor, as perdas superam a 25%. No Brasil, as perdas totais em pós-colheita podem chegar a 40%.

As discussões do final da manhã de segunda serão encerradas com a moderação do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Celso Moretti, no debate sobre frutas e hortaliças no Brasil, que vai apresentar quais são as tendências e perspectivas do setor.

Lançamento

O estudo de caso sobre a citricultura brasileira, que tem como autores, além de Crestana, o pesquisador Marcos David Ferreira e a analista Milene M. Foschini, todos da Embrapa Instrumentação, é um dos capítulos do livro “Instrumentação pós-colheita em frutas e hortaliças”, que será lançado na quarta-feira, às 18 horas.

A publicação contempla 13 capítulos com artigos de 31 pesquisadores da Embrapa, instituições de pesquisa e ensino do Brasil e do exterior, além de empresas privadas. O livro estará disponível a partir da primeira semana de setembro na página da Embrapa Instrumentação, cujo endereço é www.embrapa.br/instrumentacao.

Em 284 páginas, o livro que tem como editor técnico Marcos David Ferreira, idealizador do curso pós-colheita, apresenta produtos, processos e tecnologias em diversas áreas do conhecimento, como instrumentação aplicada à fisiologia pós-colheita, colheita e beneficiamento; tecnologias inovadoras desenvolvidas à base de nanotecnologia, ressonância magnética aplicada em alimentos, ente outros.

“ Esperamos que publicação técnico-científica, que aborda aspectos atuais em tecnologias, instrumentos e métodos, possa auxiliar o desenvolvimento e consolidação do segmento”, afirma o editor ao lembrar que o livro não é somente dedicado ao curso, mas a todo o setor pelas informações relevantes que contém.

Curso pós-colheita

O objetivo do curso é a incorporação de tecnologias para melhoria dos processos, incremento na eficiência do sistema e redução de perdas na cadeia produtiva, ampliando a colaboração da ciência no mercado.

É destinado a produtores, atacadistas, varejistas, técnicos, estudantes, pesquisadores e especialistas em pós-colheita, que terão a oportunidade de conhecer em cinco dias soluções desenvolvidas pela Embrapa e seus parceiros, por meio de módulos teóricos e práticos, visitas técnicas e demonstração de tecnologias licenciadas para empresas do setor.

O curso teve início em 2011, sendo realizado anualmente até 2013. A partir de 2015 passou a ocorrer a cada dois anos. Baseado, a princípio em modelos internacionais, a versão brasileira nasceu com a proposta de criar um fórum de discussão especializado, de incorporação de tecnologias para melhoria dos processos, incremento na eficiência do sistema e redução de perdas na cadeia produtiva, ampliando a colaboração da ciência no mercado.

Perfil

Os 50 inscritos nesta 5ª edição do curso, oriundos de 31 cidades de 11 estados do país, pertencem a diversos segmentos do mercado, de instituições de ensino e pesquisa, que se destacam com 18 representações, entre faculdades, universidades e colégios técnicos, à área empresarial.


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