​Desafio CESB premia produtor do Sudeste por 108,25 sc/ha com TMG

José Renato Nunes, de Capão Bonito (SP), levou o prêmio representando a região Sudeste do Brasil, com a produtividade de 108,25 sacas por hectare, alcançada com a cultivar TMG 7062IPRO

16.06.2017 | 20:59 (UTC -3)
Dayane Pozzer

Nesta terça-feira (13), o Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), com apoio da Cotrijal, realizou o Fórum Nacional de Máxima Produtividade, em Passo Fundo (RS). Durante o evento, foram apresentados e premiados os vencedores do Desafio de Máxima Produtividade 2016/2017. Entre os campeões, o produtor José Renato Nunes, de Capão Bonito (SP), levou o prêmio representando a região Sudeste do Brasil, com a produtividade de 108,25 sacas por hectare, alcançada com a cultivar TMG 7062IPRO.

Terceira geração da família à frente da Fazenda Marcolino, que tem 40 anos, Renato Nunes conduz 1.200 hectares com duas a três safras por ano, onde planta soja, milho, feijão, trigo, cevada e também administra gado. Na safra 2016/17, optou pela primeira vez pela TMG e, além da área do Desafio, com 2.82 ha, plantou mais 720 ha da cultivar campeã. “A cultivar engalha bem e a Tecnologia Inox® ajudou muito, teve um vigor muito bom. Estou muito feliz com o resultado e a premiação”, destacou o vencedor.

Para o manejo da área, o produtor recebeu auxílio do consultor Samir Rafael Fogaça, da Detec Assessoria Técnica, que também foi premiado na noite de ontem. Esta não foi a primeira vez que Renato participou do Desafio de Máxima Produtividade e há duas safras também conquistou o segundo lugar da sua região.

De acordo com o case do agricultor, a cultivar TMG 7062IPRO foi semeada no dia 20 de outubro de 2016 no sistema plantio cruzado (botinha e depois disco), com 10 plantas por metro linear e espaçamento de 45 cm, totalizando a população de 444 mil plantas por hectare. A semeadura da cultivar foi em área de alta fertilidade e recebeu tratamento químico para controlar a arquitetura da planta no estádio V4 (lactofem). A colheita aconteceu após 153 dias, em 23 de março deste ano. No talhão da área inscrita no Desafio, com 12,1 ha, Renato obteve o resultado de 106 sc/ha.

Sobre as conclusões do produtor e do consultor para o resultado de alta produtividade alcançado, a construção da fertilidade e do perfil do solo estão entre as práticas essenciais. Para eles, também é imprescindível utilizar cultivares adaptadas à região, além da qualidade da semente e da semeadura, que vão determinar o estande e a distribuição de plantas.

O coordenador técnico do CESB, Henry Sako, concorda com as premissas dos vencedores e destaca que este foi um ano bastante competitivo no Desafio de Máxima Produtividade e um ano bom com relação ao clima. “Na região do produtor Renato Nunes há problemas com antracnose e ferrugem, então a cultivar foi uma ótima escolha. O solo dele tem elementos muito bons, que ele construiu ao longo do tempo, assim como nas demais áreas vencedoras e concorrentes, em que são 20, 30 anos de cultivo, com correção do solo e conhecimento da área”, frisou.

Ao todo, foram mais de cinco mil inscrições de produtores rurais para o Desafio de Máxima Produtividade 2016/2017, 12% a mais do que no ano passado.O campeão nacional foi o produtor Marcos Seitz, de Guarapuava (PR), que também registrou o novo recorde nacional de produção de soja ao estabelecer 148,08 sacas por hectare (sc/ha) – quase o triplo da média nacional para a cultura.

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