Desafio de Máxima Produtividade de Soja ganha novo indicador de ecoeficiência

Fundação Espaço ECO e Comitê Estratégico Soja Brasil são desenvolvedores deste novo estudo

30.07.2020 | 20:59 (UTC -3)
Jaqueline Braz

A Fundação Espaço ECO, criada e mantida pela Basf, produziu uma análise de ecoeficiência em conjunto com o Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB). O estudo contempla uma nova avaliação de critérios ambientais e econômicos, a fim de chegar em um único indicador de ecoeficiência nas propriedades dos agricultores inscritos no Desafio de Máxima Produtividade.

Neste ano, a avaliação ambiental contou 11 categorias. Para cada categoria, foram realizadas análises de ecoeficiência e econômica - esta elaborada a partir dos custos de produção de um sojicultor médio e do campeão das regiões Sul e Nordeste.

"A metodologia de mensuração de ecoeficiência considera todos os aspectos ambientais dos insumos e recursos utilizados para produção (água, uso do solo, diesel, defensivos, fertilizantes etc.), além das emissões que ocorrem no campo durante a atividade agrícola. É uma importante ferramenta para a gestão dos recursos e, por consequência, compartilhamento de boas práticas para o aumento de produtividade", explica o Diretor-Presidente da Fundação Espaço ECO, Rodolfo Viana.

O estudo concluiu que se todos os agricultores de soja da região Sul do país produzissem com a mesma performance do campeão nacional da safra 2019/20, haveria uma redução de 75 milhões de toneladas de gás carbônico emitidos para a atmosfera.

O campeão da região Sul reduziu em 59% a emissão de gás carbônico na sua produção, enquanto obteve para cada real investido o retorno de R﹩ 2,80. No comparativo com a média da região, o vencedor do desafio aumentou o retorno em R﹩ 1,30.

O produtor campeão da região nordeste obteve um retorno de R﹩3,20 por cada real investido, enquanto outros produtores retiraram a média de R﹩1,40. A sustentabilidade do produtor campeão resultou na utilização de menos 35% de água por quilo de soja produzido. Para chegar neste resultado, a escolha e uso assertivo de fertilizantes e defensivos agrícolas foram os principais contribuintes.

Se todos os sojicultores do Nordeste fossem tão eficientes quanto o campeão neste quesito de uso de água, seriam poupados 177 bilhões de litros, quantidade necessária para o abastecimento de todo o Nordeste por 16 dias.

O presidente do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), Leonardo Sologuren, destaca a necessidade dos produtores de se adequarem para serem mais sustentáveis em suas lavouras. "Percebemos que as boas práticas dos campeões do Desafio CESB conseguem trazer muitos benefícios para o planeta, nesse sentido de sustentabilidade. O CESB, então, reforça um de seus pilares, que é compartilhar essas informações para que mais produtores possam ter ecoeficiência em seus plantios", afirma.

Desde 2008, o CESB revela os resultados alcançados pelos sojicultores brasileiros, demonstrando que é possível aumentar a produtividade sem expandir a área, seguindo os preceitos de sustentabilidade e rentabilidade.

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