Dow AgroSciences traz solução inovadora para o setor elétrico

O Manejo Integrado de Vegetação (MIV) chega ao Brasil para auxiliar no desafio do controle da vegetação nas faixas de passagem

06.12.2016 | 21:59 (UTC -3)
Fernando Borsarini

Consolidado nos EUA e no Canadá, onde existe há mais de 50 anos, o Manejo Integrado de Vegetação (MIV) acaba de ser lançado no Brasil pela Dow AgroSciences. O MIV é uma solução eficiente e sustentável para o manejo da vegetação debaixo das linhas de transmissão e engloba a aplicação de herbicidas registrados espacialmente para esta finalidade.

Segundo Valeska De Laquila, gerente de contas especiais da Dow, a vegetação que se desenvolve nestas áreas pode causar grandes prejuízos para as concessionárias de energia, como os apagões e os incêndios. “O uso dos herbicidas nas faixas de passagem tem como objetivo controlar as plantas indesejáveis e, ao mesmo tempo, preservar a vegetação nativa e a biodiversidade”, afirma a executiva.

Outro benefício ambiental do MIV é a redução nas emissões de CO². Ao manter a vegetação que não traz interferências negativas para a operação e manutenção das linhas de transmissão, o solo fica menos exposto e, consequentemente, há menor emissão de gases do efeito estufa. Para se ter uma ideia dos valores, um quilômetro de linha de transmissão que adote o MIV evita a emissão de 626.000 kg de CO². Um veículo de porte médio movido a gasolina emite 0,176 kg de CO² por quilômetro rodado. Portanto, um quilômetro de linha de transmissão com MIV abate cerca de 3,5 milhões de km rodados por este tipo de transporte.

Deixar o solo menos exposto ainda evita que a água evapore e, entre outros benefícios, mantém na terra todos os nutrientes importantes. “O MIV reduz os impactos ambientais, tais como a erosão, compactação do solo, formação de sulcos e a fragmentação de ambientes florestais em comparação com o método convencional de roçada, largamente utilizado para o controle da vegetação debaixo das linhas de transmissão”, conta Valeska.

Esta metodologia, além de ineficaz, é feita, na maioria das vezes, por mão de obra desqualificada. Atualmente, a disponibilidade deste tipo de trabalhador também já é um gargalo para o setor elétrico. Por outro lado, os herbicidas do MIV são manipulados por mão de obra capacitada e com equipamentos específicos, que garantem eficiência e segurança na aplicação. Além disso, o controle de plantas indesejáveis pelo MIV exige menor intervenção no longo prazo, uma vez que garante menor rebrota destas pragas e, assim, mais economia para as concessionárias. Com o MIV, os profissionais serão treinados e estarão habilitados neste novo mercado. “O MIV é uma solução que traz uma série de benefícios ambientais aliados a vantagens econômicas e sociais. No Brasil, temos um enorme potencial de mercado”, conclui.

Capacitação e aplicação

As empresas aptas a aplicar os herbicidas que compõem o MIV devem possuir os certificados NR10, NR12 e NR31, entre outros, e passar por uma certificação específica dada pela Dow AgroSciences, fabricante dos produtos. O treinamento da Dow inclui dois dias de capacitação teórica e prática para os aplicadores das empresas, nos quais são tratados aspectos como o conceito do MIV, segurança na aplicação, entre outros temas, inclusive, já abordados na normativa NR31.

Hoje no Brasil existem duas empresas qualificadas para fazer essa aplicação e participar de licitações das concessionárias de energia com a nova solução, dentre elas a Biochess, que ajudou em todo o processo de pesquisa e implementação do projeto no Brasil. A Dow pretende promover mais treinamentos para capacitar outras empresas.

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