Emater/RS-Ascar orienta sobre manejo de inverno em pessegueiros

No período de dormência das plantas do pessegueiro (inverno), vários tratos culturais são necessários para que se obtenha uma boa produção de frutas com qualidade

05.07.2017 | 20:59 (UTC -3)
Jornalista Rejane Paludo

No período de dormência das plantas do pessegueiro (inverno), vários tratos culturais são necessários para que se obtenha uma boa produção de frutas com qualidade. Pode-se citar como práticas que estão sendo executadas a adubação, poda seca, cultivo de culturas de cobertura de solo e tratamentos fitossanitários de inverno. O enólogo da Emater/RS-Ascar de Bento Gonçalves, Thompsson Benhur Didone, explica sobre cada uma dessas práticas, que são permanentemente trabalhadas com os agricultores.

“A adubação de correção deve ser baseada em análises de amostras de solo e, no caso de adubação de manutenção, também deve ser considerada a exportação de nutrientes do solo pelo volume de produção de frutos comercializados. Quanto à poda seca, é a principal prática cultural que está sendo feita e encontra-se bastante adiantada nas variedades superprecoces, como a BRS Kampai e PS 25.399 (do cedo), cultivadas em mesoclimas mais quentes – vales de rios. Essas variedades já demonstram a abertura das primeiras flores, de forma antecipada devido ao escasso número de horas de frio acumulado até o momento. Nesse caso, deve-se ter cuidado com a aplicação de caldas como tratamento de inverno, pois podem resultar em danos nas gemas floríferas”, esclarece.
De acordo com Didone, nos locais mais altos, boa parte da poda seca já foi feita na pré-poda ou poda de outono, cabendo destaque para as variedades Chimarrita (variedade mais cultivada) e PS 10.711 (do tarde). Nessas variedades recomenda-se a aplicação de calda bordalesa ou sulfocálcica.
Didone ressalta ainda que a grande maioria dos pomares possui cobertura vegetal no solo, prática que tem importância evidenciada neste ano de períodos chuvosos constantes. A proteção do solo contribui para evitar ou diminuir o efeito da erosão, para a manutenção e elevação da matéria orgânica, a reciclagem dos nutrientes e a melhoria da estrutura do solo.
“Como tratamentos fitossanitários que podem e devem ser feitos, destacamos a aplicação de calda sulfocálcica (enxofre, cal + fervura). Porém, deve-se ter o cuidado da calda estar armazenada de forma correta, em local seco e ao abrigo da luz. Também se faz necessário que a calda tenha a graduação em que são feitas as recomendações de diluição em água, que são baseadas em caldas com 32° Be. Sempre é importante saber a graduação da calda para fazer a diluição correta”, afirma Didone.
Segundo ele, na microrregião de maior concentração e cultivo de plantas de produção de pêssegos de mesa da Serra Gaúcha, constituída pelos municípios de Pinto Bandeira, Bento Gonçalves e Farroupilha, está sendo instalado o sistema piloto de monitoramento e alerta da presença de mosca das frutas, principal praga da cultura na região.
“No mês de agosto, o sistema de alerta passará a divulgar as informações e recomendações sobre o controle da mosca das frutas. Assim, neste mês estaremos divulgando em que se constitui e como funcionará o Sistema de Alerta Fitossanitário para a presença da Mosca das Frutas”, diz o enólogo. Mais informações podem ser obtidas junto aos Escritórios da Emater/RS-Ascar dos municípios citados ou com a Embrapa de Bento Gonçalves.



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