Embrapa e Epamig avaliam metodologia que permite o mapeamento automatizado de áreas de café

Alternativa agiliza e barateia o acompanhamento da dinâmica do uso da terra e as trajetórias da ocupação da cafeicultura nas diferentes regiões produtoras do País

21.10.2021 | 20:59 (UTC -3)
Embrapa

Acaba de ser disponibilizada gratuitamente na Internet uma publicação que mostra os resultados do estudo realizado pela Embrapa Café, em parceria com a Epamig, que avaliou a utilização de imagens do satélite Sentinel-2A, em associação com uma nova metodologia de análise de imagens para a obtenção de mapas de uso da terra com foco nas áreas ocupadas pela cafeicultura. Os resultados mostram que essa é uma alternativa para agilizar e baratear o acompanhamento da dinâmica do uso da terra e as trajetórias da ocupação da cafeicultura nas diferentes regiões produtoras do País. 

Com o título “Mapeamento automatizado de áreas de café em Minas Gerais”, a publicação apresenta a metodologia que utilizou imagens do satélite Sentinel-2A e classificação semiautomática, baseada na segmentação de imagens, metodologia conhecida como Geobia, sigla em inglês para a análise de imagem baseada em objeto geográfico. O resultado apresentou alta acurácia, mesmo em regiões montanhosas. “A cafeicultura é diversa e complexa o que traz dificuldades específicas para a realização de mapeamentos precisos”, disse Helena Alves, pesquisadora da Embrapa Café. 

Ela explicou que o sensoriamento remoto e o processamento digital de imagens são geotecnologias importantes para o conhecimento da distribuição espacial da cafeicultura no ambiente e a quantificação das áreas de produção. “Essas tecnologias permitem que grandes áreas possam ser mapeadas e monitoradas, com a finalidade de fornecer subsídios para gerar inovações que proporcionem maior sustentabilidade à produção.  A classificação visual, apesar de ser muito precisa, consome muito tempo; mão de obra; e recursos”, afirmou.

Conforme explicou Helena, mapeamentos baseados apenas em imagens de satélite se mostram menos precisos, havendo a necessidade da conferência em campo para um mapeamento de qualidade. “Contudo, com os avanços recentes dos produtos de sensoriamento remoto associados às novas metodologias para o processamento digital das imagens, abrem-se novas perspectivas para o mapeamento de áreas cafeeiras, que ainda precisam ser estudadas e validadas”. 

Para o estudo, foram selecionados municípios pertencentes às quatro macrorregiões produtoras de café de Minas Gerais: Sul de Minas; Cerrado de Minas; Matas de Minas; e Chapadas de Minas. “Esperamos que a metodologia descrita na publicação possa ser utilizada em todas as regiões produtoras de café do país para a produção de mapas temáticos, gerados por classificação automatizada, possibilitando o levantamento mais rápido, preciso e a custos mais baixos”, finalizou.

Acesse aqui a publicação.

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