Embrapa e UnB desenvolvem novo método de detecção do crestamento bacteriano em feijão

Objetivo da pesquisa foi avaliar método de diagnóstico da presença de patógenos causadores da doença crestamento bacteriano do feijoeiro comum por meio da técnica LAMP

09.08.2021 | 20:59 (UTC -3)
Embrapa

A Embrapa e a Universidade de Brasília (UnB) realizaram estudo com o objetivo de avaliar método de diagnóstico da presença de patógenos causadores da doença crestamento bacteriano do feijoeiro comum - Xanthomonas phaseoli pv. phaseoli (Xpp) e Xanthomonas citri pv. fuscans (Xcf), por meio da técnica de Amplificação Isotérmica Mediada por Loop (sigla em inglês - LAMP). Como resultado, o teste LAMP permitiu que a bactéria fosse detectada do ponto de vista molecular com alto grau de precisão, a partir do tecido foliar, antes mesmo do aparecimento dos primeiros sintomas na planta.Complementarmente, a detecção dos patógenos foi também alcançada com êxito em sementes. 

Essa pesquisa permitiu ainda otimizar os parâmetros de diagnóstico da bactéria, possibilitando o uso da técnica LAMP fora do ambiente de laboratório. Com o auxílio de dispositivos de controle de temperatura e com a aplicação de corantes indicadores de pH em meio aquoso, o estudo conseguiu alcançar resultados que tornam a visualização das reações LAMP para a confirmação da doença mais fácil e possível de ser enxergada a olho nu. 

Com controle de temperatura a 63°C e aplicação de corante indicador de pH em meio solúvel, é possível visualizar reações LAMP a olho nu. No exemplo, a cor rosa e avermelhada para amostras positivas com a doença e a cor amarela para as negativas
Com controle de temperatura a 63°C e aplicação de corante indicador de pH em meio solúvel, é possível visualizar reações LAMP a olho nu. No exemplo, a cor rosa e avermelhada para amostras positivas com a doença e a cor amarela para as negativas

Essa iniciativa abre a possibilidade para o desenvolvimento de kits de detecção rápida do crestamento bacteriano do feijoeiro, os quais podem ser utilizados por técnicos e agricultores em silos ou em galpões com lotes de sementes, o que reduziria os riscos do plantio com material de baixa qualidade sanitária e já contaminado. Consequentemente, facilitaria a decisão de usar medidas preventivas e de controle antes da multiplicação e disseminação dos patógenos no campo.

 Para ler o trabalho de pesquisa na íntegra, clique aqui.

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