Especial Expodireto: Segurança no campo é tema de discussão

Dados do setor foram divulgados no ‘Debate Segurança no Campo’, realizado na tarde desta segunda-feira (11), no Auditório da Produção, da Expodireto Cotrijal

12.03.2019 | 20:59 (UTC -3)
Assessoria da Expodireto Cotrijal

Os crimes no campo estão em queda no Rio Grande do Sul. Dados do setor foram divulgados no ‘Debate Segurança no Campo’, realizado na tarde desta segunda-feira (11), no Auditório da Produção, da Expodireto Cotrijal. Os avanços foram conquistados devido a criação das Delegacias de Polícia Especializadas na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab).

Conforme o vice-governador e secretário estadual de Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, hoje o Estado conta com Decrabs em Santiago, Cruz Alta e Bagé. E a quantidade vai aumentar. "Estamos estudando a criação de uma unidade em Uruguaiana. Já foi criada uma Decrab em Camaquã, mas ainda não foi instalada", comenta o vice-governador.

As Decrabs surgiram a partir das discussões iniciadas na Frente Parlamentar de Combate aos Crimes Agropecuários (FPCCA), iniciada em agosto de 2017. As delegacias diferenciam-se por realizarem um trabalho integrado entre Polícia Civil, Brigada Militar, Vigilância Sanitária, Sindicatos Rurais, entre outros órgãos.

As Decrabs surgiram em abril de 2018 e, segundo o presidente da FPCCA, deputado estadual Sérgio Turra, os resultados são expressivos. "Nos últimos dez meses ocorreu uma redução de 30% nos crimes no campo. Comparando apenas os meses de janeiro de 2018 e 2019, a queda foi de 43%", expõe Turra.

Impacto no meio ambiente

O superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Lima, participou do seminário e alertou sobre os riscos de se utilizar produtos contrabandeados, roubados ou pirateados. "Há uma maior insegurança para os produtores e um grande risco ambiental", indica Lima.

O gerente de Segurança Brasil da Syngenta, Daniel Nascimento, corroborou com as informações de Lima, ressaltando a gravidade da situação. "O problema está no descarte das embalagens de produtos ilegais. Quem adquire não está preocupado em fazer a destinação correta", relata Nascimento.

De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), a não destinação ambientalmente adequada das embalagens de defensivos ilegais equivale a, em um ano, 19 mil toneladas de CO², 37 mil barris de óleo, 81 árvores abatidas e cinco meses de geração de lixo de uma cidade de 500 mil habitantes.

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