Especial Expointer: Aviação agrícola apresentada em realidade virtual na Expointer

Sindag estará quinta (dia 30) na Casa do Alegrete, dentro da feira, discutindo o setor com associadas e autoridades e apresentando projeto para divulgar a importância e segurança da área

28.08.2018 | 20:59 (UTC -3)
Castor Becker Júnior

Um projeto de realidade virtual, onde qualquer um pode ter a sensação de como é estar dentro de uma operação aeroagrícola, acompanhando desde o briefing para a missão até o abastecimento do avião e o voo sobre a lavoura. É assim o projeto Aviação Agrícola 360º, que o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) vai apresentar quinta-feira (dia 30), na Casa do Alegrete dentro da 41ª Expointer, em Esteio/RS. Diretores do Sindicato estarão durante todo o dia no espaço (na quadra 34 do Parque Assis Brasil), recebendo associados e parceiros, além de apresentar o setor a autoridades, produtores rurais e o público que passar pelo local. A ação ocorre em parceria com a Associação dos Arrozeiros de Alegrete (que coordena o espaço).

Aviação Agrícola 360º (parceira com o Ibravag) tem como finalidade aproximar a aviação agrícola da sociedade, tanto para mostrar às pessoas as rotinas, a segurança e a importância do setor aeroagrícola, como para apresentar esse mercado para futuros profissionais – estudantes de Agronomia, técnicos agrícolas e pilotos. Ou mesmo divulgar a ferramenta (de alta tecnologia e eficiência) entre os produtores rurais. “Os mesmos produtos aplicados pelo ar são usados por meios terrestres e com os mesmos cuidados necessários. Mas é a aviação o único meio de trato às lavouras com regulamentação específica. Isso, mais a tecnologia embarcada e capacitação do pessoal envolvido na atividade (pilotos com formação específica, Agrônomos e técnicos agrícolas com especialização) fazem dela uma ferramenta essencial para aliar alta produtividade e segurança operacional”, explica o diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle.

O Brasil tem a segunda maior frota aeroagrícola do planeta, com cerca de 2,1 mil aeronaves (atrás apenas dos EUA). E o Rio Grande do Sul tem o maior número de empresas do setor no País (77) e a segunda maior frota nacional (427 aviões, segundo a Anac). A ferramenta é essencial em lavouras estratégicas, como o arroz (do qual o RS é maior produtor nacional), soja, milho, cana-de-açúcar e outras. Além disso, é importante na semeadura de pastagem para a integração lavoura/pecuária. As principais vantagens do avião são a velocidade – tratamento antes que uma praga se espalhe e antes que as condições climáticas para a aplicação se alterem, precisão – pela alta tecnologia embarcada – e evita o amassamento e compactação do solo. Só o amassamento chega a gerar perdas de 3,5% da colheita, conforme a cultura.

Além da aplicação de produtos químicos ou biológicos e da semeadura, os aviões são usados também na aplicação de fertilizantes e até no combate a incêndios florestais – como já ocorreu na Reserva Ecológica do Taim, em Pelotas/RS, e em 2017 na Chapada dos Guimarães (Cuiabá/MT), Parque Nacional de Ilha Grande (Guaíra/PR) e na Serra da Rola Moça (Belo Horizonte/MG) e outras aérea de preservação. Ou a exemplo do Estado de São Paulo, onde as empresas de aviação são contratadas pelo governo do Estado como reforço aos bombeiros em temporadas de seca.

 Com sede em Porto Alegre, o Sindag congrega hoje 150 das 244 empresas de aviação agrícola existentes no País.

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