Especial Expointer: Internet das coisas aplicada ao agronegócio é destaque na Expointer

CEO da agtech AgrusData e dirigente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), Herlon Oliveira, marca presença na feira.

31.08.2018 | 20:59 (UTC -3)
Ronaldo Luiz

Os resultados que as soluções de Internet das Coisas (Iot) vêm trazendo para resolver problemas reais no agronegócio, e assim reduzir custos e aumentar eficiência de processos, melhorando e tornando mais confiável a tomada de decisão no setor estão sendo apresentados durante a Expointer 2018.

Uma das empresas em destaque, presentes à feira, é a AgrusData, especializada em produtos e serviços de Iot aplicados para controle/monitoramento e recomendações de ações em questões relativas a microclima no campo, conexão de máquinas e implementos agrícolas, sistemas de irrigação, detecção de incêndios em lavouras/florestas plantadas, entre outras aplicações.

Na Expointer, a AgrusData é expositora no estande do InovaBra habitat, centro de coinovação vinculado ao Bradesco, do qual a empresa é residente na capital paulista.

CEO da AgrusData, Herlon Oliveira, destaca que o processo de digitalização de uma fazenda e de operações em geral do agronegócio por meio da Iot envolve a instalação de sensores para coleta de dados no solo, maquinários e silos, por exemplo. Estas informações são transferidas instantaneamente para um banco de dados em nuvem, onde serão processadas e transformadas por um software em recomendações específicas e precisas, que serão encaminhadas em tempo real para o agricultor ou gestor da fazenda tomar a melhor decisão.

“Uma única tela apresentará de modo claro e objetivo as informações mais relevantes e exatas sobre clima, solo, plantas, capacidade de armazenagem”, ressalta Herlon, que acrescenta: “o agricultor saberá assim o quanto de insumo tem que aplicar, em qual talhão e horário; ou ainda se é o momento de acelerar ou parar a colheita; ligar ou interromper um sistema de irrigação; bem como se o silo está cheio e é preciso reorganizar o fluxo de caminhões para retirada da safra”.

Segundo Herlon, que também é vice-presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), a transformação de uma fazenda offline em uma operação moderna e digital é um avanço viável para propriedades dos mais variados portes e segmentos.

Além dos benefícios de redução de custos e ganhos de produtividade, devido ao aumento de eficiência operacional, Herlon acentua, ainda, que a fazenda digital passa a valer mais justamente por proporcionar controle e organização total das etapas de produção e do ambiente de uma maneira geral. “A digitalização da propriedade contribui para adequação fundiária e ambiental do imóvel, bem como facilita a gestão da atividade, o que na prática se configura na valorização do negócio. É uma espécie de certificação”, frisa, acrescentando que, por isso, vem trabalhando o conceito que : “fazendas digitais custam menos e valem mais”.

Compartilhar

Mosaic Biosciences Março 2024