Exportações de café aumentam 43% em agosto em relação ao mês anterior

Faturamento com embarques foi de US$ 476,8 mil, a maior receita do ano

15.09.2016 | 20:59 (UTC -3)
MAPA

Segundo a mais recente edição do Informe Estatístico do Café, o volume total exportado do grão em agosto foi muito semelhante ao do mesmo mês de 2015 – ano de recorde de comercialização – e atingiu quase 3 milhões de sacas. O número mostra uma recuperação de 43% em relação ao mês anterior. Esse resultado, aliado à valorização do preço médio, que passou de 156 para 161 dólares a saca, fez com que as vendas externas do produto alcançassem a maior receita do ano: US$ 476,8 mil.

O montante obtido com as exportações do grão representa um aumento de 47,6% em relação ao mês anterior e 23% a mais que a receita média mensal obtida neste ano, conforme o Informe Estatístico do Café – publicação mensal da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A série histórica está na página do ministério em: Política Agrícola/Estatística/Café.

De acordo com o estudo, no mercado interno, depois de ter atingido o maior preço do ano em julho, o café arábica registrou queda de 3,9% em agosto, acumulando redução de -2,5% no ano. Já o conilon continua com preços ascendentes e teve aumento de 3,1% no mês, acumulando uma valorização de 8,7% neste ano. Nos últimos 12 meses, o arábica subiu 6,9%, e o conilon, 30,2%.

As vendas dos estoques governamentais de café continuam ocorrendo conforme o programado. Em agosto, foram comercializadas, por meio de leilão eletrônico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 118.265 sacas da safra 2009/2010, ou 87% da quantidade ofertada, ao preço médio de R$ 425,53 por saca. Com a última venda, restam agora nos armazéns da companhia 1,1 milhões de sacas para os próximos leilões.

A safra 2016/2017 de café, em fase final da colheita, atualmente é estimada em 49,7 milhões de sacas. Segundo Airton Camargo Pacheco da Silva, técnico da Secretaria de Política Agrícola, as lavouras do grão passaram por intempéries climáticas drásticas, ora por falta de chuvas no seu desenvolvimento, ora por excesso de chuvas no início da colheita. Tudo isso contribui para a depreciação da qualidade dos grãos e resulta em baixo rendimento.

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