Exportações de café geram US$ 438 milhões de receita cambial em janeiro de 2020

Café arábica representou 83% do volume exportado, café solúvel 10% e o conilon 7% do total das sacas vendidas ao exterior

14.02.2020 | 20:59 (UTC -3)
Thiago Cavaton e Lucas Tadeu Ferreira​

As exportações dos Cafés do Brasil, apenas no mês de janeiro de 2020, atingiram um total de 3,2 milhões de sacas de 60kg, das quais 2,7 milhões foram de café arábica, 315,3 mil de café solúvel e 223,8 mil de café conilon. Ao comparar esses números com a performance das exportações de janeiro de 2019 é possível verificar uma queda de 12,8% no volume exportado de café arábica. Em contrapartida, houve um aumento expressivo de 48,6% de café conilon e de 28,9% de café solúvel.

A receita cambial gerada com as exportações dos Cafés do Brasil, no primeiro mês de 2020, foi de US$ 438,1 milhões, o que representa um aumento de 5,6%, se comparado com janeiro de 2019. O café da espécie arábica que foi exportado com o valor médio de US$ 138,60 por saca, obteve uma receita de US$ 371,54 milhões. E o café conilon, cujo preço médio da saca foi de US$ 83,16, contribuiu com US$ 18,61 milhões, enquanto que o café solúvel gerou US$ 47,63 milhões de receita cambial, com o preço médio da saca de US$ 151,1. Tal receita cambial contempla ainda os cafés diferenciados, cujo volume físico exportado foi de 628,9 mil sacas de 60kg com o preço médio de US$ 172,09, o que gerou uma receita cambial de US$ 108,2 milhões. Os cafés diferenciados são os que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis.

Um ranking dos dez principais destinos de exportação dos Cafés do Brasil, no período objeto desta análise em destaque pela Embrapa Café, foram os Estados Unidos, em primeiro lugar, e Alemanha, em segundo, com 617,9 mil e 617,1 mil sacas, respectivamente, o que corresponde para cada país, aproximadamente, 19,2% do total das exportações brasileiras no mês.

Em terceiro lugar, figura a Itália, com 259,6 mil sacas (8,1% do total); o Japão, na quarta posição, importou 192,9 mil sacas, com 6% do volume total. Na sequência, vem a Bélgica, em quinto lugar, com 150,1 mil sacas (4,7%); depois a Federação Russa, com 121,3 mil (3,8%), e a Turquia, com 94,3 mil (2,9%), figura em sexto e sétimo lugares, respectivamente. O Canadá, com 83,4 mil (2,6%), seguido da Suécia, com 76,7 mil sacas (2,4%), e, por fim, a Coréia do Sul, com 67,5 mil sacas (2,1%), completam os dez principais destinos dos Cafés do Brasil no mês. Vale destacar o crescimento de 96,5% nas importações da Suécia, assim como da Federação Russa, que teve um crescimento de 64,7%, em comparação com janeiro de 2019.

Esses números da performance das exportações brasileiras de café, entre outros dados relevantes do setor, constam do Relatório mensal janeiro 2020do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, que está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

Além desses destaques, o Relatório do Cecafé traz ainda vários dados, informações e análises sobre as exportações brasileiras de café, participação percentual por qualidade nas exportações, exportações de cafés diferenciados, exportações de café por continente, grupo e bloco econômico, os principais destinos e portos de embarque das exportações, perfil do consumo mundial de café, participação brasileira nas exportações mundiais de café, dados da balança comercial, e ainda, nesta edição de janeiro, uma Série Estatística especificamente sobre as exportações de Cafés do Brasil para os Emirados Árabes Unidos.

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