Ferrugem asiática preocupa produtores de soja no país

Consultores da Ourofino Agrociência orientam sobre as melhores técnicas de manejo para prevenir males e manter a produtividade

16.02.2018 | 21:59 (UTC -3)
Ingrid Ribeiro

Para colher uma supersafra de soja, como a 16/17, os produtores brasileiros apostaram numa área recorde para semeadura. O potencial produtivo supera os 114 milhões de toneladas colhidas no ano passado, porém, para atingir as metas, o clima precisa colaborar. Outra vertente que preocupa os agricultores é a proliferação da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi).

Diagnosticada no Brasil em 2001, a doença é considerada uma das principais na cultura e a mais severa, podendo causar prejuízos de até 90% na produtividade. O principal dano é a desfolha precoce, que impede a formação e o enchimento dos grãos. Devido à facilidade de disseminação do fungo pelo vento, a ferrugem asiática ocorre praticamente em todas as regiões produtoras de soja no país.

Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e toda a região MAPITOPABA são os principais locais. Inicialmente, a ferrugem se manifesta por pequenas pontuações de coloração mais escura que a do tecido foliar superior. Na parte inferior da folha, observam-se pequenas verrugas, chamadas de urédias, local no qual o fungo produz esporos (uredósporos). Posteriormente, a coloração passa de castanho-claro para escuro e o tecido foliar também fica alterado.

“Para uma melhor eficiência de controle, os fungicidas protetores são as grandes armas do produtor rural. Eles apresentam ação multissítio, interferindo em diversos processos metabólicos nas células de um fungo, por isso apresentam menos risco de resistência”, orienta Marco Cunha, gerente de Produtos Inseticidas e Fungicidas da Ourofino. Segundo o especialista, enquanto os fungicidas de sítio específico (estrobilurinas, triazois, carboxamidas e benzimidazóis) atuam em apenas um fungo, o de ação multissítio tem uma aplicação abrangente, o que é a principal diferença. 

Pablo Ruiz, consultor da Ourofino Agrociência, explica que o principal diferencial dessas formulações é a aplicação durante o período do manejo de resistência da ferrugem. “Não existem novos mecanismos de ação de fungicidas a serem lançados nos próximos anos para o domínio da doença. Além disso, aumenta cada vez mais a pressão sobre os produtos existentes devido ao uso repetitivo”, diz.

Portfólio

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os princípios ativos mancozebe e clorotalonil destacam-se quando aplicados de forma sequencial, sendo os mais eficientes e recomendados para o manejo da soja, devido ao excelente desempenho e resultados consistentes para controle da ferrugem.

Atenta às tecnologias e soluções, a Ourofino Agrociência possui em seu catálogo os dois principais e mais eficientes fungicidas protetores do mercado: Nillus, à base de clorotalonil 500 SC, e o Eleve, à base Mancozebe 800 WP.

Ambos são multissítios, com formulações que possibilitam melhor fixação, recobrimento das plantas e maior período de controle. 

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