FMC promove “Mulheres de Fibra” para debater mercado e o futuro do algodão brasileiro

Evento de empresárias do setor marca a força da liderança feminina e levanta o debate acerca da sustentabilidade da fibra nacional

23.08.2021 | 20:59 (UTC -3)
Gabriel Nunes

A cidade de São Paulo não produz algodão, mas por alguns dias se tornou foco da produção nacional com o evento “Mulheres de Fibra”, promovido pela FMC. Os números e a relevância do evento, comprovam que esse foco era apropriado.

Nos dias 11 e 12 de agosto, estiveram reunidas as 30 maiores empresárias da cotonicultura brasileira para um encontro de negócios, debates, palestras e intensa troca de informações sobre o setor, que movimenta economia nacional, nos mais diversos segmentos envolvidos. Durante todo o evento foram observados os protocolos de segurança para garantir a participação saudável de todas as participantes.

Essas lideranças representam aproximadamente 50% de toda a área de algodão plantada no país, com vendas beirando a exorbitante faixa de 60 a 65 milhões de dólares. As fazendas geridas por essas mulheres produzem de 1,2 a 1,3 milhões de toneladas da fibra, gerando cerca de 10 mil empregos. Por isso pode-se dizer que, durante o evento, São Paulo se tornou a capital do “Ouro Branco” brasileiro.

“Nossa intenção é fortalecer ainda mais a importância dessas mulheres para o sucesso do algodão brasileiro. Evidenciar a mulher em cargos de importância e relevância no agro. Além, é claro, de debater questões comerciais e sobre o pujante mercado nacional”, afirma a Diretora de Marketing da FMC, Daniela Tavares.

A programação do “Mulheres de Fibra” contou com palestras e debates sobre vendas, gestão de pessoas, mundo agro, liderança, superação e papel das mulheres no mundo corporativo. Entre os principais palestrantes estavam Professor José Luiz Tejon e Rachel Maia, contabilista, empresária e ex-CEO da Lacoste Brasil.

“Sou bastante grata a FMC pelo convite para participar desse evento, é um verdadeiro reconhecimento do nosso trabalho. Foi muito legal poder compartilhar histórias, informações de mercado e saber que o algodão brasileiro está em boas mãos”, afirma Maria Aparecida Corso, presidente do conselho de diretores do grupo JCN, que conta com plantações de algodão em São Paulo e no Mato Grosso.

A sustentabilidade do algodão também deu o tom de vários debates durante o encontro. O painel contou com a participação de Chris Francini, consultora de moda, e da presidente da Abrapa, Silmara Ferraresi, que teve a oportunidade de mostrar os resultados da iniciativa Sou de Algodão, que é apoiada pela FMC.

“O algodão brasileiro é reconhecido nacional e internacionalmente pelo alto nível de qualidade. Aqui nós conseguimos produzir muito sem abrir da sustentabilidade. Estamos antenados com as pautas globais e nós da FMC estamos sempre prontos para oferecer as soluções e ferramentas que essas produtoras precisam para produzir mais e melhor”, afirma Sinara Ferreira, Diretora Comercial Cerrado Oeste da FMC.

A história do algodão brasileiro se entrelaça com a trajetória da FMC, que detém há muito tempo a liderança no setor. A Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) inclusive nasceu dentro do Clube da Fibra, encontro dos maiores cotonicultores para troca de informações e conhecimento, promovido pela FMC. A parceria com a fibra nacional começou há mais de 20 anos, rende e certamente continuará rendendo muitos frutos para o agronegócio nacional.

Números do setor

Como quarto maior produtor e segundo maior exportador mundial da fibra, o Brasil já abastece 100% do mercado nacional e 20% da indústria têxtil mundial. Segundo dados da Abrapa, nosso algodão é responsável pois, mais de 80% da produção possui certificação socioambiental, gera empregos e contribui para uma economia consciente.

Hoje, o país fornece 36% do algodão sustentável consumido no mundo. A FMC é uma das grandes entusiastas do movimento Sou de Algodão, que surgiu em 2016 a partir da Abrapa em conjunto com o IBA (Instituto Brasileiro de Algodão). A iniciativa propõe uma nova maneira da produção dessa fibra: ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente responsável.

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