FPA faz levantamento de ações de abertura de mercado do MAPA

48 novos mercados para diversos produtos brasileiros em 23 países. Missões oficiais foram definitivas para acertos

28.04.2020 | 20:59 (UTC -3)
FPA

De janeiro do ano passado até março deste ano foram abertos 48 novos mercados, em 23 países diferentes, com a diversificação de produtos e destinos para o comércio do país. Estes números fazem parte de um levantamento feito pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) referente ao trabalho desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), responsável pelos avanços na amplitude de mercado para o agronegócio brasileiro.

De acordo com os dados das missões oficiais realizadas pelo governo federal, o agronegócio brasileiro está cada vez mais presente no mundo. Prova disto está no aumento de vendas de muitos produtos do país, como por exemplo a carne de frango, com estimativa de crescimento de 7% a 8% nas vendas para os próximos anos em negócios com a Índia.

O presidente da FPA, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) conta que os resultados obtidos na expansão do comércio agropecuário do Brasil neste período, tem a ver “com um plano organizado em que foi possível visitar grande parte das regiões do mundo em ação conjunta da FPA e do Ministério da Agricultura, na pessoa da ministra Tereza Cristina”.

O deputado explica que “nestas visitas foi possível ampliar fronteiras comerciais, fazer novas conquistas de comércio e se está colhendo frutos importantes para a fortalecimento do agronegócio nacional”, representados nos dados que se seguem.

O produto bovino brasileiro tem previsão de exportações anuais, de ao menos, 25 mil toneladas com a abertura de mercado com a Indonésia, além de novas parcerias com o Kuwait e a reabertura para entrada de carne bovina brasileira nos Estados Unidos. Já para o pescado nacional, se espera um incremento de 18% nas exportações para o Marrocos e a Coreia do Sul. A ampliação de fronteiras comerciais possibilitou, ainda, novas habilitações de estabelecimentos do Brasil de carnes de aves e suína com Singapura.

As notícias também são boas para o arroz e os produtos lácteos brasileiros. O país exporta cerca de 950 mil toneladas do cereal por ano em fortalecimento de parceria com o México na venda deste produto, enquanto as exportações de leite em pó, queijos e outros derivados lácteos têm estimativas comerciais na casa dos US$ 4,5 milhões, com a habilitação de 24 empresas brasileiras em comércio com a China, além de exportação de produtos lácteos para alimentação animal, ao Japão.

E por falar em China, o país hoje consumidor de metade de todo melão produzido no mundo fechou recentemente o primeiro acordo de exportação de frutas brasileiras, com a entrada deste produto no país asiático. A abertura de mercado com os chineses incluiu também exportações de farelo de algodão, miúdos suínos e carne bovina termoprocessada. Mas não é só isso, há a habilitação de 38 plantas frigoríficas, sendo 22 de carne bovina, seis de suínos, nove de aves e uma de asinino, além da redução de 30% para 15% de uma importante tarifa para o suco de laranja brasileiro naquele país.

O deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG), coordenador da Comissão de Comunicação da FPA, enfatiza que “é indispensável o trabalho promovido pelo Brasil para assegurar a abertura e expansão de mercado externo, estimulando a produtividade do agro”. Ele entende que “aumentar as exportações possibilita gerar emprego e renda para os brasileiros”.

Mercosul

Brasil e Argentina assinaram um cronograma para a eliminação de todas as barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias até o final de 2020. Nesse período, há a expectativa de que não haja mais obstáculos ao comércio de produtos do agronegócio entre os dois países. Cabe citar que no comércio com o país vizinho, foram abertos mercados para carne de rã, lácteos para alimentação animal, lanolina, termoprocessados de aves, aparas de pele bovina para produção de gelatina, embriões bovinos, sémen suíno e carne suína curada. E com o Peru, foi estabelecida abertura de mercado para farinha de subprodutos de aves.

A exportação de bovinos vivos também foi expandida, com abertura para Malásia, Cazaquistão, Equador e Zâmbia (que agora também passa a receber material genético bovino brasileiro).

Ao olharmos para o continente africano, é possível notar a abertura de um potencial de negócio da ordem de US$ 8 bilhões, com a abertura do mercado lácteo com o Egito. Os egípcios ainda passaram a receber mercadorias brasileiras de miúdos de bovinos, caprinos e ovinos vivos. Outro país africano, Marrocos passou a receber material genético avícola brasileiro, assim como os Emirados Árabes Unidos, que também têm fortalecido o comércio agropecuário com o Brasil.

A ampliação destes mercados demonstra a força do agronegócio brasileiro, que em tempos de crise, como o vivido atualmente, fortalece a renda e os empregos no Brasil, ao ampliar o comércio internacional, conforme corrobora o deputado federal pelo Paraná, Sergio Souza (MDB), ao dizer que “essa abertura de novos mercados tem possibilitado ao agricultor novas divisas, abrindo maior arrecadação, maior renda e assim gerando emprego no campo e nas cidades através da indústria. Ou seja, a agricultura é hoje o pilar que sustenta o nosso país”.

Dos Campos do Brasil para o Mundo

O Brasil está trabalhando para criar oportunidades e expandir mercado lá fora. Produtos como carne, soja, leite, milho, algodão, pescados, laranja e muitos outros têm ocupado espaço significativo no agronegócio mundial. O país tem fortalecido vínculos já existentes e rompido barreiras para abertura de novos mercados.

O deputado Zé Silva enaltece o trabalho desenvolvido pela FPA e o Ministério da Agricultura. Ele diz que “estamos trabalhando de maneira correta com crescimento acentuado, para propiciar a potencialidade do Brasil para ganhar ainda mais espaço externo”.

Como ação de fortalecimento das políticas adotadas pelo governo federal, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) lança hoje (28), em suas redes sociais, o vídeo Dos Campos do Brasil para o Mundo, que traz ainda mais detalhamento ao trabalho desenvolvido pelo Ministério da Agricultura para solidez e ampliação do agronegócio brasileiro em todo o mundo.

O presidente da FPA, deputado Alceu Moreira (MDB-RS) é enfático ao afirmar que “vamos continuar a luta, estamos de maneira organizada trabalhando para que o agro cada dia tenha um lugar de respeito, admiração e possa servir as mesas do mundo”.

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