Futuro embaixador na Etiópia visita Embrapa Solos

Participaram do encontro com o futuro embaixador o chefe-geral da Embrapa Solos, José Carlos Polidoro, e os pesquisadores Margareth Simões, Enio Fraga da Silva, Wenceslau Teixeira e Fabiano Balieiro

17.07.2018 | 20:59 (UTC -3)
Fernando Gregio ​

A Embrapa Solos (RJ) recebeu na segunda-feira (16/7) a visita de cortesia do recém-designado embaixador brasileiro na Etiópia, Djibuti e Sudão do Sul, Luiz Eduardo de Aguiar Villarinho Pedroso. Um dos objetivos da reunião foi discutir a parceria que a Embrapa está costurando com o Instituto Etíope de Pesquisa Agrícola (EIAR, da sigla em inglês), sob coordenação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), para levar àquele país – o segundo mais populoso da África, com 100 milhões de habitantes – a expertise brasileira em manejo de solos ácidos.

Em junho, o chefe-adjunto de P&D, Vinicius Benites, e o pesquisador Enio Fraga da Silva, ambos da Embrapa Solos, estiveram na Etiópia para conhecer melhor a realidade agrícola do país e para iniciar as tratativas com o ministério da agricultura local.

Quase metade dos solos etíopes são ácidos, com pH baixo e pouca produtividade. O Brasil possui expertise no manejo de solos ácidos, com histórico de sucesso na expansão agrícola no Cerrado a partir dos anos 1970. O objetivo da parceria é usar a experiência brasileira de utilização de calcário para corrigir a acidez do solo, porém adaptando a forma de aplicação e distribuição do insumo às condições africanas. Na Etiópia, os solos ácidos não são Latossolos, como os do Brasil; de acordo com a classificação brasileira, tratam-se de Nitossolos.

O projeto de cooperação técnica prevê a identificação de fontes e meios de exploração de calcário na Etiópia; o cálculo da quantidade do insumo necessária para correção dos solos para as diferentes áreas; e o compartilhamento de boas práticas agropecuárias para correção de solos por meio de capacitações técnicas.

Participaram do encontro com o futuro embaixador o chefe-geral da Embrapa Solos, José Carlos Polidoro, e os pesquisadores Margareth Simões, Enio Fraga da Silva, Wenceslau Teixeira e Fabiano Balieiro.  

 


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