Goiânia recebe cientistas de cinco continentes

Capital é palco para um dos maiores encontros científicos internacionais sobre algodão

02.05.2016 | 20:59 (UTC -3)
Brenno Sarques

Pesquisadores dos cinco continentes já estão em Goiânia para participar da 6ª Conferência Mundial de Pesquisa em Algodão (WCRC-6), que começa na noite deste domingo, dia 1º de maio, no Centro de Convenções de Goiânia. Ao todo, representantes de 42 países vão apresentar 248 trabalhos científicos em cinco dias de evento.

Uma comitiva de seis cientistas de quatro países do Oeste africano veio para acompanhar o desenvolvimento do programa de cooperação técnica e transferência de tecnologia capitaneado pelo Brasil. Dr. Yattara Amadou Ali veio do Togo para conferir as apresentações científicas e explicou como o programa funciona. A cooperação, diz, começou quando o Brasil venceu uma disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios norte-americanos aos seus produtores de algodão. A partir da indenização que os Estados Unidos tiveram que pagar pelos prejuízos causados no mercado internacional, o Brasil propôs o acordo de cooperação técnica com dez países africanos e seis sul-americanos para melhoria tecnológica de toda a cadeia de produção do algodão.

“Não se trata apenas de pegar um pacote fechado de tecnologia brasileira e levar para a África. Há todo um processo de adaptação às necessidades locais no que envolve clima, solo e recursos hídricos, entre outros fatores”, afirma Amadou Ali.

Além do Brasil, participam do programa o Malauí, Moçambique, Quênia, Tanzânia, Togo, Benin, Chad, Burkina Faso, Mali e Burundi. Na América do Sul, os parceiros são a Argentina, Equador, Bolívia, Paraguai, Peru e Colômbia. O programa é coordenado pela Embrapa, que está presente em 13 dos países participantes, e tem a participação da Universidade de Lavras.

Este e outros temas relacionados ao mundo do algodão serão discutidos no WCRC-6, que se estenderá até sexta-feira, dia 6.

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