IMAmt lança Manual de Qualidade da Fibra da Ampa

Com o objetivo de orientar produtores e técnicos das fazendas na produção de uma fibra de melhor qualidade, o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) acaba de lançar o “Manual de Qualidade da Fibra da Ampa&rdqu

25.04.2018 | 20:59 (UTC -3)
Martha Baptista

Com o objetivo de orientar produtores e técnicos das fazendas atendidas pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) na produção de uma fibra de melhor qualidade, o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) acaba de lançar o “Manual de Qualidade da Fibra da Ampa”.

No texto de abertura, o presidente da Ampa, Alexandre Schenkel, fala sobre a importância de o produtor de algodão mato-grossense estar atento à qualidade da fibra como "um fator imprescindível na disputa por mercados", o que inclui a preocupação com a concorrência das fibras sintéticas.

"Qualidade de fibra é um conceito complexo que exige cuidados do início ao fim do processo produtivo: da escolha das variedades utilizadas até a primeira etapa do beneficiamento realizado em nossas fazendas ou em usinas operadas por cooperativas ou terceiros. A busca pela qualidade inclui cuidados no manejo das lavouras e na segurança, envolve capacitação da mão de obra e questões tecnológicas que ilustram bem o nível de sofisticação da cadeia produtiva do algodão", alerta.

"Conhecer detalhadamente todos esses fatores que incidem sobre a qualidade da fibra e apresentar recomendações para produção de uma fibra de qualidade foi o objetivo do Programa de Qualidade da Fibra de Mato Grosso e desse manual, a fim de auxiliar os produtores de algodão de Mato Grosso a produzir uma fibra de algodão cada vez mais bem adaptada às condições do mercado", afirma o pesquisador Jean-Louis Belot, editor técnico do Manual, na Introdução.

A publicação foi produzida em parceria com técnicos e pesquisadores de diversas instituições parceiras como o Centre de Coopération en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina (Senai-SC), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT - Campus de Rondonópolis), a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste - Presidente Prudente) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp - Campus de Botucatu). O Instituto Algodão Social (IAS), as cooperativas Unicotton e Cooperfibra, e a empresa Cotimes do Brasil também colaboraram para a realização do Manual.

O trabalho realizado pelo programa "Qualidade de fibra de algodão no estado de Mato Grosso ", do IMAmt, é o primeiro tema abordado em texto assinado pelo consultor Sérgio Gonçalves Dutra, Ele conduz o programa junto com o pesquisador Jean-Louis Belot desde a sua criação e inclui em seu artigo depoimentos de alguns participantes do Workshop da Qualidade do Algodão, que chegou à quinta edição em 2017.

O tema "A fibra de algodão" está presente em todos os artigos da segunda parte da publicação: “A fibra de algodão: origem, estrutura, composição e caracterização” escrito por Bruno Bachelier e Jean-Paul Gourlot, pesquisadores do Cirad; “Classificação do algodão em pluma” de autoria de Jorge José de Lima, representante da J.G. Cursos de Classificação de Algodão em Pluma e Têxtil Ltda.; “Os laboratórios de classificação HVI no Brasil”, assinado por Edson Tetsuji Mizoguchi da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão  (Abrapa); "Considerações da Santista sobre o índice de fibra curta no algodão (SFI – Short Fiber Index), de autoria de Vanessa Bellote da Santista S.A. e “A qualidade da fibra do algodão de Mato Grosso”, de Jean-Louis Belot.

“A indústria têxtil e a qualidade da fibra” é o título da terceira parte do Manual, que traz mais um artigo de Belot - “Indústria têxtil, mercado mundial e qualidade de fibra para o futuro” -  e um segundo artigo de Jorge José de Lima: “A indústria têxtil e a qualidade da fibra de algodão”.

“Produzir uma fibra de qualidade” é o tema da quarta parte, dividida em cinco artigos. São eles: “Escolha da variedade para produção de uma fibra de qualidade” dos pesquisadores do IMAmt Jean-Louis Belot e Patricia de Andrade Vilela; “Desenvolvimento da planta e qualidade da fibra” de autoria dos professores Fábio Rafael Echer (Unoeste), Ciro Rosolem e Juan Piero Raphael (Unesp Botucatu); “Colheita, armazenamento, transporte e qualidade de fibra”,  de Renildo Luiz Mion (UFMT) e Belot; “Preservar a qualidade da fibra no beneficiamento” de Jean-Luc Chanselme da Cotimes Brasil, e “A miniusina e a escola de beneficiamento de algodão do IMAmt”, de autoria de Rodrigo Sperotto, coordenador da Escola de Beneficiamento instalada no Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica Ampa/IMAmt do Núcleo Regional Sul (Rondonópolis).

“Produzir com qualidade” é o tema da parte final do Manual, que conta com os artigos “Segurança nos processos de produção de fibra” do coordenador de Segurança do Trabalho do IMAmt Amandio Pires Jr. e “A sustentabilidade na cotonicultura brasileira: programa de certificação ABR e sistema de licenciamento BCI”, elaborado pelo diretor-executivo do IAS Félix Balaniuc.

Com 343 páginas, o manual está disponível para download nos sites do IMAmt e da Ampa.  Ele foi publicado com apoio financeiro do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), que também apoia o programa Qualidade da Fibra do Algodão no Estado de Mato Grosso.

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