O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), quer fomentar o desenvolvimento de seguro rural com índice paramétrico no país com base nos dados meteorológicos coletados e analisados pelo órgão. O instituto firmou um acordo de cooperação com a empresa Newe Seguros, que prevê o uso de informações do Sistema de Informação Meteorológica (SIM Inmet) no cálculo dos contratos firmados entre as empresas seguradoras e os produtores rurais.
O seguro paramétrico, ou seguro de índice, é diferente do convencional, por não ser necessário haver um dano físico na propriedade rural, causado por um evento climático, para que o segurado tenha direito ao pagamento do seguro. O segurado poderá ser ressarcido caso não tenha sido alcançado índices meteorológicos estabelecidos no contrato, como quantidade de chuva, velocidade do vento ou milímetros de chuva, entre outros. A insuficiência de chuva em um período de crescimento do milho, por exemplo, pode impactar de forma negativa a qualidade do produto a ser comercializado. Neste caso, com o seguro paramétrico, o segurado poderá ser ressarcido em razão do potencial dano à produção.
Com este tipo de seguro, o Inmet espera que os custos do produtor, ao contratar um seguro rural, sejam reduzidos.
Para o diretor do Inmet, Miguel Ivan Lacerda de Oliveira, o trabalho em conjunto é o primeiro passo para fomentar o mercado de seguros de índices paramétricos a partir de dados do Sistema de Informação Meteorológica (SIM Inmet).
"Essa parceria vai possibilitar a implementação de uma ação estratégica para o Inmet, que é a mitigação dos riscos climáticos para o produtor brasileiro, seja no campo ou nas cidades. O produtor e o empreendedor poderão usar esse novo instrumento", diz.
Segundo o assessor do Inmet, Paulo Costa, outras empresas de seguro já apresentaram interesse em participar da construção desse modelo. “Estamos disponíveis a todas as empresas de seguro que desejam ingressar no mercado de índices paramétricos. Tivemos uma grande procura pelas seguradoras”, destaca.
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