Inovações na forma e no conteúdo marcam a 12ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão

Programação do evento terá participação do economista Ricardo Amorim e do historiador Leandro Karnal.

14.03.2019 | 20:59 (UTC -3)
Catarina Guedes

O economista Ricardo Amorim e o historiador e escritor Leandro Karnal são dois dos nomes de peso confirmados na programação do 12º Congresso Brasileiro do Algodão (12º CBA). O evento é o maior da cotonicultura brasileira e deve reunir em torno de 1,5 mil pessoas, em Goiânia (GO), entre os dias 27 e 29 de agosto. Este ano, o CBA vem com inovações na grade e no formato, a começar pela quantidade de dias, que passam a ser três completos, ao invés de quatro, como nos anteriores. A mudança não prejudicou o conteúdo, e foi pensada para facilitar a logística do público. Outra novidade é um espaço voltado para as startups, com rodadas diárias de pitching. As inscrições para o evento começam no próximo dia 3 de abril, em www.congressodoalgodao.com.br. O 12º CBA é uma realização da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).
 
De acordo com o presidente da Abrapa e do 12º CBA, Milton Garbugio, a expectativa para o evento está grande, tanto da parte da organização, quanto dos expositores e participantes. “O fato de acontecer em Goiânia, bem no coração do cerrado, bioma que concentra a produção da pluma, faz a gente acreditar que teremos recordes de público. Por isso, compactamos a grade em três dias cheios, sem diminuir o conteúdo. Foi um rearranjo para otimizar a agenda dos participantes”, explica Garbugio. Amorim e Karnal, duas das atrações, ilustram o caráter multidisciplinar e atual do Congresso, que vai além dos temas exclusivamente técnicos e de mercado. “O Congresso é como uma antena, que capta e difunde as tendências. Ele é feito por cotonicultores para cotonicultores, mas dentro de uma perspectiva macro, que passa pela economia, o marketing, a criatividade e a tecnologia, porque o mundo do algodão também é tudo isso”, diz o presidente.
 
Teoria e prática também estarão presentes na programação do congresso, através de oficinas temáticas, os workshops. A comissão científica selecionou temas atuais e relevantes, que serão abordados sob uma perspectiva casada com a realidade. “Nos workshops, o participante poderá experimentar a aplicabilidade do assunto tratado, de uma forma atrativa, interessante”, revela o coordenador científico do CBA, Jean Bèlot.
 
Startups
 
As inovações no 12º CBA também passam pelo empreendedorismo. O congresso está destinando, pela primeira vez, um espaço para a exposição de startups de tecnologias voltadas ao agro, em especial, à cotonicultura. Numa “praça” que comporta até 16 startups, vão acontecer rodadas de pitching, apresentações-relâmpago em que os representantes dessas empresas têm poucos minutos para dizer do que se tratam os seus negócios, a relevância deles, e, assim, tentar alavancar investidores no evento. “A cotonicultura já é reconhecida como uma das cadeias produtivas mais tecnificadas do agro e não poderia ficar de fora dessa tendência, que conecta academia, mercado e empreendedores”, diz o coordenador científico do 12º CBA, Jean Bélot.
 
 
Edição de aniversário 

Em 2019, o CBA coincide com os 20 anos de existência da Abrapa, e, para celebrar a passagem da data, o presidente Milton Garbugio diz que muitas surpresas irão acontecer. “Será uma edição especial, que, para todos os produtores, pesquisadores e técnicos presentes, terá um sentido importante. Vamos fazer um evento para ficar na memória da cotonicultura nacional”, diz. Garbugio enfatiza que os espaços para expositores foram quase todos vendidos já no lançamento do evento, um ano antes, no final de agosto de 2018. “É a prova do sucesso e do amadurecimento do nosso congresso, ponto de encontro bianual de todos os elos da cadeia produtiva”.

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