​Investir no manejo fisiológico do milho favorece produtividade em até 15%

Durante o ciclo de desenvolvimento da planta, três fases exigem atenção especial do produtor

24.02.2017 | 20:59 (UTC -3)
Camila Castro

A cultura do milho possui alta importância na produção agrícola do Brasil e é foco de diversas pesquisas do setor nos últimos anos. Com o avanço de tecnologias, o mercado passou a oferecer sementes (híbridos) extremamente produtivas. Entretanto, esse grande potencial tem sido reduzido no campo, muitas vezes, devido a práticas equivocadas de manejo ao longo do desenvolvimento da planta o que impacta diretamente na rentabilidade.

De acordo com o engenheiro agrônomo Fransérgio Batista, gerente técnico de grãos da Alltech Crop Science, é importante que o produtor forneça estímulos nutricionais e fisiológicos ao milho por meio de aminoácidos, precursores hormonais e nutrientes em três momentos chaves do processo produtivo. “Realizar o manejo fisiológico adequado do milho nestas fases permite um incremento de até 15% na produtividade”, aponta.

O primeiro ponto destacado pelo especialista acontece entre a quarta e a sexta folha do milho. “Neste momento, ocorre a definição do potencial produtivo da planta. Nele inicia-se internamente a formação da espiga”, explica Batista. A próxima etapa essencial ocorre entre a sexta e a oitava folha, na qual determina-se o diâmetro dessa espiga recém-formada. Para então, na última fase, o pré-pendoamento, ser definido o seu tamanho.

“São três momentos bem definidos. Então, se o produtor conseguir, durante o seu manejo, utilizar tecnologias que promovam a divisão e a diferenciação celular, que forneçam nutrientes na quantidade e fonte certa, sem dúvida nenhuma ele vai ter resposta em produtividade ao final do ciclo”, salienta o agrônomo.

No município de Abelardo Luz (SC), o consultor de milho da região Euvandro Carniel tem comprovado no campo os benefícios do conjunto de práticas. Além de aumento no volume de colheita, estão entre os pontos observados: maior vigor inicial da planta e uniformidade, melhor resposta aos tratos culturais e mais resistência aos estresses. “O caminho para novos patamares de produtividade com certeza passa pela utilização dessas soluções naturais”, explica.

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