13ª edição do Prêmio New Holland de Fotojornalismo anuncia vencedores

Charles Echer, editor da Cultivar Máquinas, foi um dos jurados do 13º Prêmio New Holland de Fotojornalismo; tradicional prêmio fotográfico reuniu 3.040 imagens do continente

01.04.2019 | 20:59 (UTC -3)
Luis Fernando Duarte

Os fotógrafos Rafael Sampaio Martins (Brasil) e Jorge Gastón Gándara (Argentina) são os vencedores na categoria “Profissional” do 13º Prêmio New Holland de Fotojornalismo. Eles foram escolhidos pelos cinco jurados que se reuniram no fim de março em Curitiba (PR). A entrega dos prêmios de R$ 15 mil para cada um dos vencedores será em maio. Elias Rodrigues de Oliveira e Gustavo Pereira Castro, ambos brasileiros, venceram na categoria “Aficionado” (amador) e levarão R$ 5 mil cada um. A 13ª edição do prêmio contou com 3.040 imagens inscritas por fotógrafos dos países da América do Sul.

Autor da melhor foto na modalidade “Grande Prêmio”, com foco no campo, Rafael Martins é da cidade de Recife (PE). Ganhador na modalidade “Prêmio Especial: Máquinas”, Jorge Gándara é de Buenos Aires. Elias de Oliveira (“Grande Prêmio”) também é pernambucano, de Jaboatão dos Guararapes, e Gustavo Castro (“Prêmio Especial: Máquinas”), de Telêmaco Borba (PR).

Devido à qualidade do material apresentado, o júri escolheu outras quatro fotos como menção honrosa. A definição foi feita excepcionalmente e não há remuneração. As imagens escolhidas são de Fernando Kluwe Dias (Profissional/Campo), Jonathan Campos (Profissional/Máquina), Rafael Saldanha (Amador/Campo) e Fausto Orli da Rosa (Amador/Máquinas).

Exposição itinerante 

Além das melhores fotos de agricultura da América do Sul, tanto as campeãs quanto as de menção honrosa, o concurso leva para mais próximo do público outras 22 imagens, totalizando 30 quadros, para exposições por várias cidades da região. Os fotógrafos receberão valores por direitos autorais.

Participarão da exposição, também por escolha do júri, as imagens de: João Carlos Silva de Castro (Profissional/Campo), Mastrangelo de Paula Reino (Profissional/Campo), Marcio Corrêa Menasce (Profissional/Campo), Weimer de Carvalho Franco (Profissional/Máquinas), Marco Miatelo (Profissional/Máquinas), Juan Manuel Barrero Bueno (Profissional/Campo), Jonathan Campos (duas fotos Profissional/Campo), Fabian Muños Docampo (duas fotos Profissional/Campo), Tadeu Vilani (duas fotos Profissional/Campo), Joel Rocha (Profissional/Campo), Ricardo Zig Koch Cavalcanti (Profissional/Máquinas), Lucas Ninno Ometto (Profissional/Campo), Paulo Fridman (Profissional/Campo), Fernanda de Sousa Nogueira (Amador/Campo), Renato Jorge Marcelo (Amador/Campo), Idirlene Casarin (Amador/Campo), Gustavo Pereira Castro (Amador/Máquinas), Elias Rodrigues de Oliveira (Amador/Campo) e Breno Lima (Amador/Campo).

Avaliações 

Um dos jurados, José Medeiros é fotógrafo em Cuiabá (MT), tem quase 30 anos de experiência e lembra que o Prêmio New Holland de Fotojornalismo desperta uma visão diferente do participante. “A gente tem tão pouco prêmio de fotografia, e esse prêmio de fotojornalismo, que ainda traz o amador, faz as pessoas saírem mais para fotografar e comecem a olhar as histórias de cada uma das suas cidades”.

Francisco Matturro, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e também jurado, destaca o valor do trabalho fotográfico. “Esse prêmio tem uma importância muito grande porque retrata um Brasil que, muitas vezes, as pessoas dos centros urbanos não conseguem ver. Valoriza o profissional que vai buscar essas imagens que o público urbano não consegue mais enxergar. Mais do que tudo valoriza o fotógrafo”.

Profissional argentino, Tony Valdez trabalhou nos principais meios de comunicação daquele País e do exterior. “A importância do prêmio, creio, é justamente por uma empresa dar importância a imagem, o que hoje em dia não é pouco, ver que uma empresa como essa dá realmente valor à fotografia. Devo reconhecer que, como fotógrafo, vejo muitas fotos a todo o tempo, há fotos que surpreendem, ganham o prêmio e são as que ficam, e outras que nem tanto. Em todos os concursos há essa dualidade”.

Já Henry Milleo, repórter fotográfico de Curitiba (PR) com 25 anos de experiência, elogia a expansão do concurso pela América do Sul. “Cada região tem sua característica, tem seu estilo e é muito legal ver como os fotógrafos tratam isso dentro das suas imagens. Se tem não apenas uma diversidade de cultura e da forma de se plantar, de se trabalhar a terra, como também uma diversidade na forma de mostrar isso”.

Outro jurado, Charles Echer, jornalista e editor da revista Cultivar (RS), lembra da diversidade. “Tem fotos do nordeste, da região sul, do centro-oeste, da Argentina. É um prêmio consolidado há muito tempo e essa variedade de participantes, com mais de três mil fotos inscritas, nos dá a oportunidade de ver o campo de uma maneira diferente”.

Erika Michalick, analista de Sustentabilidade da CNH Industrial, reforça que a cada ano se vê um campo com “mais expressão, mais humanidade, mais realidade”. “A gente tem no Brasil algo muito bonito, as diferenças de cada Estado e, quando a gente vai para a América do Sul, isso só multiplica. A cada ano vemos essa diversidade de campo, de colheita, de cores. Precisamos valorizar, mostrar e dar consciência às pessoas sobre o quanto é importante e bonita a nossa região e quanto ela tem a contribuir com o mundo”.

O Prêmio New Holland de Fotojornalismo é um dos mais tradicionais concursos do segmento da América do Sul. Em 13 anos de história, cerca de 25 mil imagens foram inscritas. A organização do prêmio já realizou 60 workshops e 200 exposições em 115 cidades de cinco países para um público total de 510 mil pessoas. O prêmio é um projeto cultural realizado pela Mano a Mano Projetos, apoiado pela Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e patrocinado pela New Holland e Banco CNH Industrial. 

Mais informações sobre a data da entrega dos prêmios e os locais da exposição itinerante serão disponibilizadas no Facebook (@manoamanoprojetos) e no site oficial (www.premionewholland.com).

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