Maior oferta garante preços mais baixos da batata e tomate

Mesmo passando pela época do consumo que tipicamente ocorre na semana santa, a grande oferta da batata colhida em Minas Gerais e no Paraná deve salvar o preço do produto para o consumidor final nos próximos meses

17.04.2018 | 20:59 (UTC -3)
Conab

Mesmo passando pela época do consumo que tipicamente ocorre na semana santa, a grande oferta da batata colhida em Minas Gerais e no Paraná deve salvar o preço do produto para o consumidor final nos próximos meses. Acompanhada do tomate, as duas hortaliças foram as que tiveram maior redução de custos nas principais centrais de abastecimento (Ceasas) do país no mês de março.

A análise está no 4º Boletim Hortigranjeiro, divulgado pela Conab nesta terça-feira (17), que inclui os preços de diversas variedades de produtos e a comercialização nas centrais de abastecimento de oito estados brasileiros.

De acordo com o estudo, a queda da batata ocorreu nos mercados de MG, DF, SP, ES, RJ, GO e PE, apresentando alta de preço apenas na Ceasa do Ceará. Quanto ao tomate, a diminuição de preços foi destacada em MG, ES, CE, PE, GO e DF, com registros de altas em SP e RJ.

O produto mineiro continua comandando o fornecimento de batata para os demais estados, mas na Ceasa do Distrito Federal o produto chegou a cair 25,2%, enquanto que na de Minas Gerais foi de 6,7%. Já com o tomate, o preço mostrou redução mais intensa na Ceasa do Espírito Santo, onde alcançou o pico de 13,28%.

O motivo da maior oferta, segundo o boletim, foi provocado pela maturação acelerada do fruto e colocação imediata no mercado, medida tomada pelo agricultor preocupado com as temperaturas elevadas e a compensação de preços.

Outros produtos também mostraram índices de queda, como a cenoura que baixou o preço em Recife (3,3%) e Fortaleza (8,1%), mas subiu fortemente em São Paulo (17,8%), Goiânia (16,5%) e Belo Horizonte (12,1%). Já a cebola repetiu o aumento de meses anteriores, mas com menor intensidade, chegando a cair no Rio de Janeiro e em Vitória (2,1 e 1,7%), enquanto que os preços da alface variaram devido as condições climáticas. Em SP, DF e CE a queda foi de cerca 17, 30 e 7 %, respectivamente.

Frutas – No caso das frutas, está na hora de o consumidor fugir das tradicionais. Entre as mais comercializadas, como banana, laranja, maçã, mamão e melancia, a tendência foi de elevação de preços. O mamão, por exemplo, ficou mais caro na maioria das Ceasas, devido à queda da oferta, influenciada pela baixa qualidade do produto decorrente das fortes chuvas nos últimos meses.

No geral das frutas, os preços mais baixos só foram registrados na seriguela (33%), caqui (31%), jaca (13%) e jabuticaba (11%).

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