Manejo regional é ferramenta contra o greening para pequenos citricultores

A principal explicação para a alta incidência de greening nas pequenas propriedades é o chamado “efeito de borda”

27.01.2020 | 20:59 (UTC -3)
Fundecitrus

O levantamento de greening 2019 feito pelo Fundecitrus apontou que o índice da doença é sempre maior em fazendas pequenas, chegando a 74,44% na região de Limeira e a 75,8% na região de Matão, que ficam no centro do cinturão citrícola, mais afetado pela doença (veja o mapa abaixo) – a incidência média de greening em todo o cinturão é de 19,02%.

A principal explicação para a alta incidência de greening nas pequenas propriedades é o chamado “efeito de borda”, que se refere aos talhões localizados nos 100 primeiros metros a partir da divisa das propriedades: é neles que a maior parte dos psilídeos vindos de fora dos pomares comerciais se instala. Nas propriedades menores, a maioria das plantas se encontra na faixa de borda.

“O manejo regional, por meio do sistema de Alerta Fitossanitário do Fundecitrus, é uma ferramenta fundamental para minimizar o efeito de borda, pois quando diversas propriedades pequenas realizam o controle simultâneo é como se elas se tornassem uma só grande propriedade, com ampliação da proteção contra o psilídeo”, explica o gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres.

Segundo Ayres, ações no entorno das fazendas e a adoção de conhecimento e tecnologia também são muito importantes para ajudar pequenos e médios produtores a controlar o greening, para que a doença não inviabilize a produção e não ameace a continuidade deles na citricultura. “Nesse sentido, o Fundecitrus tem investido na criação de convênios para realização conjunta do controle externo e para a transferência de novas tecnologias a esses produtores”, pontua.

Para saber mais sobre o sistema de Alerta Fitossanitário, acesse o site.

Para conhecer um pouco do trabalho externo às fazendas desenvolvido em parceria com citricultores, acesse o site.

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