Mapa publica zoneamento do arroz e do algodão

Cumprir as recomendações do Zarc é obrigatório na contratação de seguro e Proagro

08.05.2020 | 20:59 (UTC -3)
MAPA

Foram publicadas no Diário Oficial da União as portarias com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2020/2021, para o cultivo de arroz de sequeiro no Distrito Federal e nos seguintes estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, e o cultivo de arroz irrigado em São Paulo, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Também foram publicadas as portarias que aprovam o Zarc do algodão, para a safra 2020/2021, para o Distrito Federal e Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre, Rondônia, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O diretor do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Loyola, explica que a principal novidade é a atualização da lista de cultivares indicadas, já que essas culturas passaram por recente revisão metodológica pela Embrapa.

“O Zoneamento Agrícola do arroz e do algodão foi revisado no ano de 2018, com a inclusão dos níveis de risco na metodologia. Essa nova forma de apresentar o Zoneamento permite identificar qual o risco de semeadura, por decêndio (dez dias), para os riscos de 20%, 30% e 40%, assim é possível uma melhor avaliação do risco por parte de agentes financeiros e seguradoras, permitindo ao produtor identificar a melhor data de plantio. Vale sempre lembrar que cumprir as recomendações do Zarc é obrigatório na contratação de seguro e Proagro”, destaca.

Confira aqui as portarias por estado

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Visando prevenir a proliferação de pragas e doenças, em especial o bicudo-do-algodoeiro, alguns estados têm legislação que proíbe a existência de plantas vivas de algodão em determinados períodos. O estudo de Zarc leva em conta essas janelas e procura compatibilizar o período de plantio e de colheita para não haver plantas vivas de algodão no período de vazio sanitário. Além disso, em estados onde não existe a regra do vazio sanitário, a metodologia do zoneamento foi estendida levando em conta a legislação dos estados que dispõem, de forma a preservar a eficácia do vazio em regiões fronteiriças.    

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Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc, ferramenta utilizada para orientar os programas de política agrícola do governo federal. O aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas/SP), está disponível no sistema Android.

Os resultados também podem ser consultados e baixados por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos”.

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O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.

O modelo agrometeorológico considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola como temperatura, chuvas, umidade relativa do ar, ocorrência de geadas, água disponível nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).

Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e ainda poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas.

O Zarc foi publicado pela primeira vez na safra de 1996 para o trigo. Hoje, contempla os 26 estados e o Distrito Federal, incluindo mais de 40 culturas.

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