Mobilidade do boro via floema é chave para a alta produtividade no algodão safrinha

A segunda safra ganha cada vez mais importância no resultado da cultura e, por isso, é preciso dar atenção especial ao trato

17.03.2020 | 20:59 (UTC -3)
Rafael Iglesias

A produção de algodão em pluma deve atingir novo recorde este ano, com 7 milhões de toneladas (crescimento de 1,6%), de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A segunda safra ganha cada vez mais importância no resultado da cultura e, por isso, é preciso dar atenção especial ao trato.

“A exigência nutricional do algodoeiro é grande, ainda mais quando pensamos em áreas de alta tecnologia e elevada produtividade”, afirma o diretor técnico da Brandt no Brasil, Samuel Guerreiro. “Assim, a aplicação balanceada de macro e microelementos, sem deixar nutrientes abaixo do nível ideal, é importante para alcançar boa produtividade.”

O boro é um exemplo de elemento que tem sido, por vezes, negligenciado, seja por falta de informações ou pelo uso de soluções já ultrapassadas. “Muitas propriedades investem forte em boro, no solo e via foliar, mas continuam observando deficiência do nutriente, especialmente nas maçãs de primeira posição”, detalha Guerreiro, que é engenheiro agrônomo.

Esse problema acontece pela dinâmica do boro: no solo, é facilmente lixiviado e sua absorção pelas raízes é via fluxo de massa, enquanto dentro da planta é translocado apenas pelo xilema – e não redistribuído pelo floema. “De forma natural, o boro tende a se acumular em extremidades, onde a evaporação é maior e consequentemente o fluxo de massa também, preterindo pontos mais sombreados, nos quais o nutriente absorvido do solo não consegue chegar em altas concentrações. Da mesma forma, as aplicações foliares normalmente não permitem sua translocação via floema até lá”, explica o especialista.

A única saída para resolver essa equação é manter o uso do boro presente no solo e realizar aplicações foliares com alta tecnologia, que permita o transporte do nutriente dentro da planta. Esse é o caso de Manni-Plex B-Moly, destaque da Brandt. “Essa solução contém em sua formulação elementos naturais que promovem a mobilidade do boro pelo floema, fazendo com que tenha mobilidade no sistema, suprindo as necessidades do algodão”, diz Samuel Guerreiro.

A tecnologia Manni-Plex é utilizada por agricultores de mais de 65 países há mais de uma década, com resultados excelentes: plantas mais fortes, mais sadias e mais produtivas. “B-Moly tem ainda outra vantagem: não produz reações químicas quando em contato com a maioria dos defensivos agrícolas e reguladores de crescimento”, finaliza o diretor técnico.

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