Na primeira safra comercial em milho, AgBiTech é líder do mercado de biolagarticidas com 31% de participação

Enquanto o mercado de produtos para lagartas da cultura caiu 20%, companhia elevou em 837% a área tratada com bioinsumo para manejo da praga Spodoptera frugiperda

13.09.2021 | 20:59 (UTC -3)
Fernanda Campos

Na contramão do mercado total de inseticidas para lagartas do milho, que teve queda de 20% na safra 2020-21, para US$ 127,5 milhões, ante US$ 158,9 milhões do ciclo anterior, o segmento de biolagarticidas cresceu 113%. A movimentação da categoria foi de US$ 2,9 milhões, frente a US$ 1,4 milhão da safra 2019-20. Em área tratada, os biolagarticidas cobriram 415,5 mil hectares de milho, contra 69,6 mil hectares, uma alta de 495%. Os dados, da Spark Inteligência Estratégica, também apontaram a AgBiTech Brasil como líder do segmento de biolagarticidas no milho, com 31% de participação.

O diretor de marketing da companhia de origem australo-americana, Murilo Moreira, revela que a conquista da dianteira do segmento veio atrelada ao desempenho de um insumo de ponta para controle da Spodoptera frugiperda, mais conhecida como lagarta-do-cartucho. Conforme o executivo, a solução, de matriz 100% biológica e de nome Cartugen, saltou 887% em área tratada, para 123,3 mil hectares, frente a 12,5 mil hectares do ciclo 2019-20.

“A safra 2020-21 foi a primeira envolvendo a distribuição de Cartugen, em escala comercial, a produtores de milho. Nos ciclos anteriores, realizamos estudos centrados em áreas produtivas pertencentes aos grandes grupos da cadeia produtiva do grão, além de campos experimentais na fronteira agrícola, com a participação de pesquisadores independentes”, explica Moreira.

Conforme o executivo, graças a essa estratégia de pré-lançamento, o biolagarticida obteve, já na safra 2020-21, uma elevada taxa de adesão por parte dos principais grupos produtores de milho. Este movimento, informa Moreira, impulsionou tanto o resultado da companhia na safra do grão, recém-encerrada, como também contribuiu para o avanço, sem precedentes, registrado pela consultoria Spark no segmento de biolagarticidas.

Em relação ao perfil tecnológico do biolagarticida líder da AgBiTech, Murilo Moreira destaca que a solução transfere ao agricultor sustentabilidade e suporte a ganhos econômicos. Permite ainda, segundo o executivo, obter significativa melhora no padrão de controle da lagarta-do-cartucho, tida como a mais complexa praga da cultura em virtude de dificuldades para manejo eficaz.

“Cartugen entrega eficácia comprovada no controle da lagarta-do-cartucho. Quando empregado em associação com inseticidas químicos, o biolagarticida funciona como ‘protetor’ e transfere uma relação custo-benefício mais favorável ao produtor, na comparação a outros tratamentos”, reforça Moreira.

Para a Spark Inteligência Estratégica, principal empresa da área de estudos para o agronegócio, os fatores preço, desempenho e relação custo-benefício têm sido determinantes ao crescimento do setor de insumos biológicos. Tais produtos, que abrangem os biolagarticidas, movimentaram acima de R$ 1 bilhão no País na safra 2019-20. André Dias, sócio diretor da consultoria, frisa que por potencializar o efeito de inseticidas químicos de valor mais acessível, biolagarticidas em geral tendem a seguir avançando no manejo do produtor.

Campeã na soja

Além da liderança entre os biolagarticidas do milho, a direção da AgBiTech celebra ainda a dianteira desse segmento na cultura da soja. Números recém-divulgados da Spark apontam que, em sua terceira safra comercial na oleaginosa brasileira, a companhia australo-americana elevou o market share de 17%, apurado na safra 2019-20, para 37% no ciclo 2020-21.

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