ORO AGRI projeta crescimento recorde no Brasil

A ORO AGRI planeja elevar sua participação em 200% no Brasil, nos próximos cinco anos

14.01.2019 | 21:59 (UTC -3)
Rafael Albuquerque

A matriz da Omnia fica em Johanesburgo, na África do Sul, e tanto ela como a ORO AGRI atuam na agricultura brasileira desde 2008. “Tornar-se uma divisão internacional da Omnia aumentou nossa capacidade de investimento, não só no desenvolvimento de novos produtos como também na ampliação do número de fábricas”, avalia Luís Carlos Cavalcante, gerente geral da ORO AGRI  na América do Sul.

Segundo o executivo, o perfil da ORO AGRI foi o que mais chamou a atenção da Omnia. A empresa buscava ampliar presença global e maiores oportunidades em novas tecnologias e produtos. Para dar suporte à chegada dos novos produtos, a fábrica brasileira da ORO AGRI, localizada em Arapongas (PR), terá a capacidade produtiva multiplicada. Desde 2012, essa será a quarta ampliação. Antes mesmo da negociação, a companhia já vinha de um crescimento de 90% no mercado brasileiro em 2017.

“Muito em breve a ORO AGRI será a divisão mais importante dos negócios da Omnia, tanto em faturamento quanto em lucratividade”, garante Cavalcante. A sinergia existente entre as duas empresas e o fato dos produtos da primeira estarem em franca expansão deverão encurtar a jornada.

ORO AGRI no Brasil

Tendo iniciado suas atividades em 2002 e presente no Brasil desde 2008, ORO AGRI é o acrônimo de Orange Oil for Agriculture ou Óleo de Laranja para Agricultura, traduzido para o português. O uso do óleo essencial da casca de laranja na agricultura e pecuária é exclusivo da ORO AGRI, devido a uma patente mundial da companhia, que, atualmente, possui quatro fábricas no mundo e operações bastante estabelecidas nos Estados Unidos, Europa, Ásia, África e Oceania.

“O empresário sul-africano Erroll Pullen fundou a ORO AGRI ao descobrir que o óleo essencial da casca de laranja utilizado na mineração tinha propriedades extremamente úteis na agricultura”, relembra Jeferson E. Philippsen, gerente de Produtos da ORO AGRI.

Segundo Philippsen, o principal diferencial é que os produtos da empresa precisam de apenas 15 minutos para serem absorvidos pela planta, mesmo que chova após esse intervalo, algo garantido apenas pela ORO AGRI. Foi a partir desta descoberta que nasceu a tecnologia Trans-Rapid. Posteriormente, foi lançada a TransPhloem, que aborda o processo de translocação dentro das plantas.

“A inovação está em nosso DNA. Começamos com um produto sem igual e sempre buscamos algo novo. Os lançamentos previstos para os próximos anos, por exemplo, serão soluções para problemas graves da agricultura e da pecuária para os quais ainda não existem produtos eficientes”, adianta Philippsen.

Como resultado, a empresa registra crescimento substancial. Em 2016, foi de 40%; em 2017, aumentou as vendas em 90% e deve encerrar 2018 com um faturamento de R$ 100 milhões. “Isso não nos deixa satisfeitos. Nosso mote é continuar na vanguarda das inovações tecnológicas da agricultura brasileira e mundial”, frisa Cavalcante.

O gerente geral das operações na América do Sul atribui os números à credibilidade dos produtos perante os produtores rurais, à capilaridade da rede de distribuição e à qualidade da equipe de campo. A ORO AGRI  não possui representantes comerciais autônomos. Os técnicos regionais são Engenheiros Agrônomos contratados em regime CLT e respondem juridicamente pela empresa, condições que favorecem o âmbito das negociações, conferindo responsabilidade, compromisso e credibilidade junto aos clientes.  

Nos demais países, o foco da empresa está na fruticultura, já no Brasil os maiores mercados são as culturas de soja, milho e algodão. “O Brasil também é o único país onde desenvolvemos produtos voltados para pastagens”, ressalta Philippsen. Com 10% de um mercado bastante pulverizado, a Oro Agri lidera as vendas de surfactantes no País.

A fábrica brasileira fica em Arapongas (PR) e gera 70 empregos diretos. Os produtos mais comercializados são WETCIT, ORO-FAST, ORO-STAR, ORO-CINETIC, COWBOY e ORO-GRASS. Os dois últimos, voltados à pecuária.

 


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