Publicação para identificação de doenças fúngicas da melancia

Além da descrição de sintomas, há ilustrações com fotografias para auxiliar na identificação do agente causal e no diagnóstico correto da doença

09.08.2019 | 20:59 (UTC -3)
Eliana Lima​

Em uma linguagem fácil e objetiva, são apresentadas na publicação as principais doenças fúngicas que afetam a cultura da melancia, descritas pelo seu agente causal, sintomas e medidas de controle. Além da descrição de sintomas, há ilustrações com fotografias para auxiliar na identificação do agente causal e no diagnóstico correto da doença. São discutidos também os aspectos epidemiológicos que favorecem a sua ocorrência, além de recomendações técnicas de caráter prático, visando à adoção de um manejo integrado eficiente das doenças estudadas.

Segundo a publicação, a cultura da melancia (Citrullus lanatus) representa uma importante cadeia produtiva no país, sendo cultivada nas mais diversas condições ambientais e níveis tecnológicos. É a quarta olerícola mais plantada no Brasil, com produção anual de aproximadamente 2 milhões de toneladas, cultivada numa área de 90 mil hectares, com valor estimado de produção de cerca de R$ 1,3 milhões.

Por ser cultivada em diversas regiões do país, diferentes doenças fúngicas ocorrem na cultura ao longo do ano, causando prejuízos à produção. Algumas das doenças são comuns à maioria das regiões produtoras e outras mais específicas para determinadas regiões, em função das condições edafoclimáticas, afetando com maior severidade os locais com baixo nível tecnológico, onde medidas de controle adequadas não são utilizadas.

As principais doenças da cultura são: tombamento, oídio, míldio, crestamento gomoso, mancha-de-cercospora, mela, podridão de frutos por Pythium, antracnose, sarna ou queima e murcha-de-fusário.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) Daniel Terao, um dos autores da publicação, “as medidas de controle aqui preconizadas para cada patossistema são ferramentas que procuram reduzir ao máximo os danos e perdas econômicas, com o menor impacto possível. É importante lembrar que para fazer a adoção de manejo integrado de doenças é necessário, primeiramente, identificar corretamente o agente causal. A partir disso, faz-se a escolha da estratégia de manejo mais adequada. A maioria das medidas de controle recomendadas para as doenças fúngicas consiste em ações preventivas, que se iniciam na escolha da área, no uso de sementes sadias e eliminação de restos de culturas anteriores. Cultivares tolerantes e rotação de cultura também são importantes, apesar de muitas vezes serem negligenciadas pelos produtores, ou dificultadas pelas condições de exigência do mercado e de área disponível nas propriedades”, explica ele.

Os autores Daniel Terao, Kátia de Lima NechetBernardo de Almeida Halfeld-Vieira e Rita de Cássia Sousa Dias (Embrapa Semiárido) esperam que as informações apresentadas contribuam para o diagnóstico correto de doenças fúngicas na melancia e para o manejo integrado, visando prevenir perdas no sistema produtivo.

O Comunicado Técnico 58 pode ser baixado gratuitamente na página da Embrapa Meio Ambiente.

 


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