​Pouco movimento no mercado provoca queda no preço da soja e milho no início de novembro

Na primeira semana de novembro o preço médio da soja teve queda de 1,3%, com a saca cotada a R$ 66,00

14.11.2016 | 21:59 (UTC -3)
Sistema Famasul

Na primeira semana de novembro o preço médio da soja teve queda de 1,3%, com a saca cotada a R$ 66,00. Em relação a novembro do ano passado, a retração foi de 9,4%. Os dados são do último Informativo Casa Rural, elaborado pelo Departamento de Economia do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS.

O analista econômico do Sistema Famasul, Luiz Eliezer Gama, explica que os preços do mercado interno recuaram em função do mercado pouco movimentado. “O produtor está mais concentrado no plantio da próxima safra, e observa com cautela a volatilidade do mercado internacional e o sobe e desce da taxa de câmbio”, esclarece o economista.

A queda em relação a novembro de 2015 se justifica pela desvalorização do preço no mercado internacional ao longo desse ano, uma vez que há grande oferta. “Os Estados Unidos estão com produção recorde. Segundo o último relatório, já passa de 118 milhões de toneladas”, afirma.

A projeção para a safra brasileira também é de produção recorde. “O plantio está se desenvolvendo e a produção deve ser colhida mais cedo. A expectativa é de que o preço fique menor, mas também irá depender muito do movimento do câmbio e da relação de oferta e demanda”, destaca Luiz Eliezer.

Milho

A saca de milho encerrou o período de 01 a 08 de novembro cotada, em média, a R$ 29,25, queda de 5,65%. No comparativo com novembro do ano passado houve alta nominal de 25%. Segundo o analista econômico do Sistema Famasul, a queda do preço do milho também é devido à queda cambial que ocorreu nesse período.

A projeção para os próximos meses é de patamar ainda elevado. “Apesar das expectativas de recuperação da produção, o déficit no mercado interno continua grande”, relata. A preocupação do produtor com o plantio da soja também é outro fator a ser considerado.

Em relação a novembro do ano passado, Luiz Eliezer explica que o excesso de exportações no primeiro quadrimestre deste ano resultou na escassez do mercado interno. Além disso, a quebra da safra do milho também influenciou positivamente no preço do mercado interno.

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