Produção mundial de café robusta deve atingir 77,1 milhões de sacas na safra 2021/2022 e quebrar recorde histórico

VBP das lavouras brasileiras está estimado em R$ 746,8 bilhões para 2021, a cafeicultura ocupa a quarta posição entre as 17 lavouras estudadas

18.10.2021 | 20:59 (UTC -3)
Embrapa

A safra mundial de café robusta para o ano-cafeeiro 2021-2022 está prevista em 77,1 milhões de sacas de 60kg, volume 4,6% maior que 2020-2021. O Vietnã, maior produtor dessa espécie, deverá ser responsável por 29,7 milhões de sacas, volume que representa um aumento de 6% em relação à safra passada. Em relação ao café da espécie arábica a previsão mundial é que sejam produzidas 87,7 milhões de sacas no corrente ano-cafeeiro 2021-2022, safra que deverá apresentar uma redução de 14%, se comparada com a anterior. 

O Brasil teve sua safra total, incluindo as espécies de arábica e robusta, estimada em 48,8 milhões de sacas de 60kg para a safra 2020-2021, número que representa aproximadamente 30% da produção mundial, estimada em 164,8 milhões de sacas. Tal produção brasileira contempla 33,3 milhões de sacas de café arábica, que equivalem a 38% da produção mundial, e 15,4 milhões de sacas de café robusta, as quais correspondem a 20% do volume físico produzido dessa espécie no mundo. Essa performance posiciona o Brasil em primeiro lugar na produção de café arábica e em segundo lugar na produção de café robusta, em nível global.

Em relação à Colômbia, que é o terceiro país maior produtor de café no mundo, precedida pelo Brasil e Vietnã, cuja safra é exclusivamente da espécie arábica, deverá colher nesse mesmo ano-cafeeiro 14,1 milhões de sacas que correspondem a 16% da produção mundial de café arábica e 8,5% da produção total de café no planeta. Para fins dessas análises, a safra mundial de café do ano-cafeeiro 2021-2022 foi estimada em 164,8 milhões de sacas, sendo 87,7 milhões de sacas da espécie arábica (53%) e 77,1 milhões de sacas de café robusta (47%).

Os dados e números estatísticos da cafeicultura brasileira e mundial, que permitiram realizar estas análises e estabelecer comparações da produção dos cafés arábica e robusta pelos três maiores países produtores de café (Brasil, Vietnã e Colômbia) foram extraídos do Sumário Executivo do Café - setembro de 2021, da Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, disponível na íntegra, no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

Neste mesmo contexto de análise da performance da cafeicultura, o Valor Bruto da Produção – VBP dos Cafés do Brasil, também produzido mensalmente pela SPA – Mapa, está estimado em R$ 36,3 bilhões para 2021, sendo R$ 28 bilhões de café arábica, que equivalem a aproximadamente 77% desse total, e R$ 8,3 bilhões da espécie de café robusta, que correspondem a 23% do VBP da cafeicultura brasileira.

A soma do Valor Bruto de Produção – VBP das 17 maiores lavouras brasileiras está estimado em R$ 746,8 bilhões para 2021, maior valor já registrado em um ano e que representa um aumento de 12% em relação ao VBP de 2020. Ao comparar apenas a receita do café com esse montante, constata-se que ela representa em torno de 4,9% do VBP de todas as lavouras brasileiras.

De acordo com os dados constantes no Valor Bruto da Produção – VBP – Setembro 2021, se for estabelecido um ranking do faturamento bruto das lavouras, destaca-se que o café ocupa o quarto lugar em receita bruta. Nesse caso, figura em primeiro lugar a soja, com R$ 360,2 bilhões, em segundo o milho, com R$ 121,57 bilhões, na sequência, em terceiro, vem a cana-de-açúcar – R$ 83 bilhões, em quarto, conforme mencionado, o café – R$ 36,3 bilhões e, em quinto o algodão com R$ 29,8 bilhões.

Com base ainda nos dados do Valor Bruto da Produção – VBP – Setembro 2020, se for estabelecido um ranking do faturamento bruto estimado para as cinco regiões geográficas brasileiras que produzem café, considerando as duas espécies (arábica e conilon), em ordem decrescente, constata-se que a Região Sudeste desponta em primeiro lugar com R$ 31,6 bilhões, cujo montante equivale a 87% do faturamento total, seguida pela Região Nordeste que teve sua estimativa calculada em R$ 2,25 bilhões, a qual corresponde a 6,2%.

Dando continuidade a este ranking, em terceira posição vem a Região Norte com a receita bruta estimada em R$ 1,45 bilhão, que corresponde a 4%. E, na sequência, em quarto lugar, figura a Região Sul com R$ 763,5 milhões de potencial de arrecadação com a atividade cafeeira, o que equivale a 2%. Por fim, em quinto, encontra-se a Região Centro-Oeste que tem o faturamento bruto da lavoura cafeeira estimado em R$ 310,3 milhões, montante que corresponde a 0,8% do total estimado as lavouras dos Cafés do Brasil.

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