Projeto prevê novos estudos de macrologística

Projeto a ser iniciado neste ano prevê atualização e aprofundamento das informações já disponíveis, bem como a inclusão de novos dados

25.01.2019 | 21:59 (UTC -3)
Vivian Chies​

Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária Brasileira terá uma nova etapa de trabalho. Projeto a ser iniciado neste ano prevê atualização e aprofundamento das informações já disponíveis, bem como a inclusão de novos dados.

O analista Gustavo Spadotti, da Embrapa Territorial, adianta que os estudos sobre armazenamento serão aprofundados. “Vamos ‘entrar de cabeça’ nesse tema para entender onde há dificuldades e propor soluções”, adianta. Atualmente, há, no sistema, uma análise sobre capacidade dos silos, com dados por estado.

Outro tema sobre o qual a equipe se debruçará é a retrologística, ou seja, a disponibilidade de carga para caminhões ou trens fazerem o caminho de volta até as fazendas e agroindústrias após deixar produtos do agro no destino. O tema chamou a atenção da equipe da Embrapa Territorial, quando identificaram o grande volume de grãos do Centro-Oeste que é exportado pelo Porto de Paranaguá, PR. Descobriram, então, que as transportadoras preferem percorrer uma distância um pouco maior até esse terminal porque têm frete garantido na volta, carregando fertilizantes para propriedades rurais e distribuidoras. No novo projeto, os pesquisadores e analistas querem aprofundar o conhecimento sobre a demanda por nutrientes no território brasileiro, em busca de soluções para a retrologística nas diferentes regiões. Por isso, as cadeias produtivas e rotas comerciais de fertilizantes, corretivos e remineralizadores de solo serão objetos de estudo.

Spadotti conta que também está prevista a inclusão de dados do setor agroenergético na plataforma – etanol, biodiesel, carvão vegetal, biogás etc. A equipe ainda se empenhará no delineamento das bacias logísticas para as dez cadeias produtivas já presentes no sistema: algodão, aves, bovinos, café, cana-de-açúcar, laranja, madeira para papel e celulose, milho, soja e suínos. Até o momento, esse trabalho foi feito para o complexo grãos, agrupando milho e soja.

Liderado pela Embrapa Territorial, o trabalho envolverá outras sete unidades da Empresa: Agropecuária Oeste, Arroz e Feijão, Cerrados, Pesca e Aquicultura, Soja, Solos e a Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas. Contará também com a parceria do International Plant Nutrition Institute – Brasil.

 


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