Projeto realiza o diagnóstico de doenças em plantas com uso de imagens digitais

​A pesquisadora Katia Nechet falou sobre a importância do diagnóstico precoce de doenças no evento preliminar do 1º Hackathon Embrapa

14.11.2016 | 21:59 (UTC -3)
Cristina Tordin

A pesquisadora Katia Nechet, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) falou sobre a importância do diagnóstico precoce de doenças de plantas com o uso de imagens no evento preliminar do 1º Hackathon Embrapa, edição Campinas, em outubro de 2016.

Os pesquisadores Bernardo de Almeida Halfeld-Vieira e Daniel Terao também trabalham no projeto que visa desenvolver aplicativos para que os produtores possam diagnosticar de forma mais rápida algumas doenças de plantas por meio de imagens disponibilizadas em um banco de dados.

"Alimentamos esse banco de dados com imagens de doenças de plantas, diagnosticadas corretamente, como café, cana e fruteiras. Essas imagens são transferidas para um banco de imagens, armazenadas e processadas para linguagem digital, explica a pesquisadora".

O desafio é coletar imagens, não só de doenças, mas de problemas abióticos que podem ser confundidos com doenças, aumentando assim o banco de imagens e as possibilidades de processamento. O diagnóstico de doenças a partir de imagens digitais irá facilitar a identificação de problemas no campo, pelo produtor, e será uma ferramenta de tomada de decisão para o controle adequado. "Essa rapidez no diagnóstico pode minimizar perdas no setor produtivo, enfatiza Katia".

O projeto Integração de processamento digital de imagens em fotografias e sistema especialista para diagnóstico de doenças em plantas no Brasil, liderado pelo pesquisador Jayme Barbedo, da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), visa desenvolver uma ferramenta integrando processamento digital de imagens em fotografias convencionais com um sistema especialista para realizar o diagnóstico de doenças em plantas de interesse comercial e social no Brasil.

Os objetivos são continuar a construção de uma base de dados contendo imagens e diagnósticos detalhados; ampliar o desenvolvimento do sistema de diagnóstico de doenças baseado em imagens digitais, com ênfase na sua extensão a culturas e doenças; desenvolver sistema especialista que, tendo como ponto de partida as respostas dadas pelo sistema baseado em imagens, seja capaz de oferecer um diagnóstico mais preciso pela exploração de informações que vão além do escopo do sistema baseado em imagens.

Além disso, o projeto visa construir uma base de dados contendo imagens de culturas, doenças e condições encontradas na prática; oferecer ferramentas computacionais capazes de ajudar na identificação de doenças que tenham sintomas semelhantes; oferecer uma ferramenta capaz de atender a um amplo público-alvo, podendo ser utilizada em áreas sem acesso à internet ou telefonia móvel; e promover a integração entre o banco de dados de imagens digitais com o sistema especialista. Os sistemas serão implementados em duas versões, uma para dispositivos móveis e outra com interface web. As culturas a serem consideradas inicialmente serão algodão, soja, milho, arroz, feijão, trigo, sorgo, cana-de-açúcar, citros, videiras, abacaxi, café, cupuaçu, açaí, antúrio, meloeiro, palma de óleo, coqueiro e pimenta-do-reino, porém outras poderão ser adicionadas ao longo da pesquisa.

Premiação
Nesse sábado, 19 de novembro, acontece o evento 1º Hackathon Embrapa, edição Campinas, na Embrapa Informática Agropecuária com a apresentação dos trabalhos das equipes inscritas no desafio, julgamento e premiação.

A comissão julgadora será formada por Andre Adib, especialista em Design & Criatividade na Informática de Municípios Associados S/A (IMA), Eduardo Henrique Terzariol, gerente de Software na PromonLogicalis, Katia Nechet, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Jayme Barbedo, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, Marcelo Morandi, chefe geral da Embrapa Meio Ambiente e Silvia Massruhá, chefe geral da Embrapa Informática Agropecuária.


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