Quatro benefícios dos híbridos precoces, superprecoces e hiperprecoces

Além disso, as características genéticas não devem ser deixadas de lado no momento de escolher os híbridos

30.10.2018 | 20:59 (UTC -3)
Guilherme Dauroiz de Souza Soares

Ao longo da safra, é preciso que o agricultor tome diversas decisões e todas elas poderão influenciar, direta ou indiretamente, no resultado da lavoura. No momento do planejamento, uma das primeiras decisões do agricultor é o ciclo do híbrido: normal, precoce, superprecoce ou hiperprecoce.

Apesar do plantio já ter começado, muitos produtores ainda planejam a safrinha 19, que começa a ser plantada em janeiro. Pensando nisso, o líder comercial da Dekalb, Tiago de Biase, explica abaixo os principais benefícios dos híbridos precoces, superprecoces e hiperprecoces, e como eles podem ser versáteis, ajustando-se à necessidade do produtor e, consequentemente, contribuindo com os resultados de sua lavoura.

Segundo de Biase, é possível definir ciclo como o número de dias entre a germinação da semente até a maturação fisiológica da cultura. Com isso em mente, o agricultor pode ajustar a sua escolha à sua realidade e se beneficiar com as características dos híbridos com ciclo rápido para, por exemplo, escapar de condições climáticas adversas. Esta, inclusive, é a principal característica desse tipo de híbrido e tem ainda mais importância na safrinha, já que os produtores podem sofrer com as consequências das geadas - predominante nas regiões ao Sul - e secas na região Norte/Nordeste.

Para os agricultores que têm interesse em plantar uma cultura subsequente, como feijão, trigo ou, até mesmo, uma cobertura verde, a super ou hiperprecocidade pode ser uma característica interessante, permitindo até 3 safras no ano, em especial, em áreas irrigadas. Nesse ponto, também é preciso analisar o "Dry-Down" dos híbridos, pois uma rápida taxa de perda de umidade após a maturação fisiológica terá grande importância.

Outro ponto relevante é que, se o produtor acabar perdendo a janela de plantio do milho segunda safra e realizar a partir de meados de fevereiro, período em que já se verifica a redução das temperaturas médias, poderá utilizar híbridos superprecoces e hiperprecoces. Estes tipos de híbridos o ajudará a reduzir os riscos de ter sua lavoura afetada por geadas e secas na época da colheita, uma vez que não haverá o prolongamento do ciclo. Por outro lado, em safras onde a janela de plantio está adequada, escolher um híbrido precoce pode resultar em um maior potencial produtivo e sanidade, tendo em vista que estes híbridos apresentam maior capacidade de recuperação em situações de clima adverso ao longo do ciclo.

Além disso, as características genéticas não devem ser deixadas de lado no momento de escolher os híbridos. Porte reduzido, melhor qualidade de raízes e colmo, que podem conferir maior resistência aos ventos e adversidades climáticas, são essenciais para um híbrido apresentar alto potencial de produtividade.

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