Revitalização da cana soca é alternativa para aumento de produtividade do canavial

Uma prática com baixo custo em relação à renovação do canavial, de adoção rápida e que poderá suprir a redução de canas de primeiro corte

11.05.2018 | 20:59 (UTC -3)
Camila Lopes

O início da safra 2018-19 tem apontado para uma quebra na produção de cana-de-açúcar, confirmando as previsões de analistas do setor sucroenergético. Muito se deve à estiagem entre junho e setembro de 2017, resultando em canaviais desuniformes, com redução no porte das plantas e, consequentemente, menos cana nas esteiras das usinas.

Além da baixa produção, os preços do açúcar não estão atrativos, o que dificulta a disponibilidade de recursos para investir na renovação dos canaviais mais velhos, devido ao alto custo de plantio, seja ele manual, mecanizado, por meio de mudas ou mudas pré-brotadas (MPB).

Uma das alternativas é a revitalização da cana soca. Uma prática com baixo custo em relação à renovação do canavial, de adoção rápida e que poderá suprir a redução de canas de primeiro corte.

Os canaviais, que a priori deveriam ser renovados pela baixa produtividade, são eleitos para serem revitalizados observando-se principalmente se há um stand satisfatório, quantificando as falhas. Identificado e elegido o talhão, práticas já utilizadas como controle eficiente de plantas daninhas, de nematoides e de pragas, adubação química de solo e foliar devem ser realizadas com o mesmo padrão utilizado em uma cana planta.

Entretanto, alguns conceitos ainda não muito utilizados podem ser empregados por meio de produtos que proporcionam maior atividade de microrganismos do solo e que refletirá em maior aeração e descompactação do solo, consequentemente, maior retenção de água e ocupação pelo sistema radicular com um melhor aproveitamento dos nutrientes aplicados – revitalização do solo – que proporcionará maior TCH (toneladas de cana por hectare).

Estas características podem ser encontradas em produtos que têm em sua composição ácidos orgânicos como os ácidos fúlvicos. Por ser uma molécula pequena, se torna uma fonte de alimento para pequenos microrganismos, como fungos e bactérias. Com isso, há um aumento na produção orgânica e de exsudatos, que auxiliam na liberação de nutrientes, promovendo um efeito biológico direto sobre o solo. Por ser solúvel em qualquer pH, o ácido fúlvico não se limita apenas a camadas superficiais do solo e, sim, apresenta uma capacidade para movimentar todo o perfil. Outro benefício em seu uso é que apresentam maior eficiência na liberação de fósforo.

A linha Longevus, do Grupo Fertiláqua, um dos líderes no segmento de nutrição e fisiologia de plantas, é composta pelos produtos Longevus Soca, Longevus Planta e Energy Cana, que possuem em suas composições as mais ativas moléculas de ácidos fúlvicos, além de aminoácidos e um aporte nutricional.

Específica para o segmento de cana soca, visando a revitalização do solo e auxiliando na revitalização da soca, o Longevus Soca vem sendo utilizado em escala comercial por vários grupos e fornecedores de cana, proporcionado ganhos de produtividade expressivos, além de uma maior resistência à colheita mecanizada devido ao maior enraizamento da cana soca nas áreas tratadas.

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