Safra de laranja 2017/18 da Flórida é estimada em 54 milhões de caixas

A previsão é de que a produção seja de 54 milhões de caixas, o que representa uma queda de 21% em relação à safra anterior. As variedades precoces e meia estação são as que sofre

13.10.2017 | 20:59 (UTC -3)
Fundecitrus

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta quinta-feira (12), às 13 horas, a primeira estimativa da safra de laranja 2017/18 da Flórida. A previsão é de que a produção seja de 54 milhões de caixas, o que representa uma queda de 21% em relação à safra anterior. As variedades precoces e meia estação são as que sofreram maior queda, o equivalente a 30%. Já a variedade tardia Valência teve redução de 13%.

No relatório também foram abordadas as condições climáticas e o impacto do Furacão Irmã. De acordo com a publicação, o mês de janeiro de 2017 foi anormalmente seco no cinturão citrícola. Em fevereiro, teve início a florada e estava abundante em algumas regiões, mas não de forma generalizada. Em março, o Sul apresentava condições moderadas de seca, enquanto o Norte permaneceu anormalmente seco, sendo necessário o uso de irrigação. Em geral, as temperaturas ficaram acima da média e as chuvas retornaram no verão, que teve início em junho.

Ainda de acordo com o relatório, em 10 de setembro de 2017 todo o cinturão citrícola da Flórida foi inundado por ventos fortes e chuvas em excesso devido ao furacão Irmã que chegou pela região Sul do estado, na categoria três, e subiu entre a região Central e Ocidental do cinturão citrícola. Embora tenha enfraquecido e se transformado em uma tempestade de categoria um ao longo do dia, ainda assim causou estragos em toda a área. Chuvas intensas continuaram nas regiões Norte e Central, enquanto o furacão deixava o estado. A precipitação reportada em munícipios citrícolas foi entre 76 e 432 milímetros em um período de apenas 24 horas.

As operações agrícolas nos pomares foram interrompidas, pois não havia condições de acesso. Os solos extremamente úmidos dificultaram as atividades agrícolas e os citricultores tiveram que bombear água para fora das ruas, tentando fazer com que os canais e drenos voltassem aos níveis normais. Somente na última semana de setembro foi possível retomar os tratos culturais e algumas fábricas abriram para processamento das laranjas precoces, evitando o aumento das perdas que poderiam ser agravadas pela queda de frutos.

Todos os detalhes estão disponíveis nos relatórios:

https://www.usda.gov/nass/PUBS/TODAYRPT/crop1017.pdf

https://www.nass.usda.gov/Statistics_by_State/Florida/Publications/Citrus/Citrus_Forecast/2017-18/cit1017.pdf

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