Seminário debate os caminhos para manter a liderança brasileira no mercado mundial da soja

Mais de 560 representantes de cadeias produtivas da soja participaram do Seminário Desafios da Liderança Brasileira no Mercado Mundial da Soja

30.10.2020 | 20:59 (UTC -3)
Embrapa

Mais de 560 representantes de cadeias produtivas da soja participaram da segunda edição do Seminário Desafios da Liderança Brasileira no Mercado Mundial da Soja, realizado por meio do canal da Embrapa Soja no Youtube, nos dias 27 e 28 de outubro.

Em um cenário de ampla e crescente demanda internacional pela soja, a maior commodity agrícola no mundo nos dias de hoje, o Brasil se consolida pelo terceiro ano consecutivo como líder mundial no mercado mundial com a produção de 125 milhões de toneladas e exportação de 81 milhões de toneladas da oleaginosa. Com os olhos no futuro e buscando contribuir com a competitividade da cadeia produtiva da soja, o setor se reuniu para discutir questões técnicas e de qualidade com o objetivo de manter o Brasil na condição de melhor ofertante mundial de soja e seus derivados. 

Segundo Marcelo Alvares de Oliveira, pesquisador da Embrapa Soja e um dos organizadores do evento, o evento foi uma importante oportunidade para avaliar os principais riscos que afetam a liderança brasileira no mercado da soja brasileira. “Nossa proposta era discutir os principais pontos relacionados a qualidade do grão, para que todos os elos da cadeia produtiva consigam antecipar soluções, mitigando os possíveis problemas e, assim, criando soluções para manter a liderança brasileira nesse setor”, destaca.

A programação técnica foi planejada para agregar os vários atores da cadeia produtiva da soja. A comissão organizadora definiu cinco grandes eixos para esta segunda edição do Seminário, sendo um dos pontos debatidos a qualidade da armazenagem e as dificuldades no armazenamento. “As boas práticas de armazenagem vão nos permitir produzir uma boa qualidade do produto final, rastreabilidade, além de mitigar as perdas, que são muito grandes em um país tropical durante o armazenamento, sendo que tudo isso é revertido em ganho econômico”, explicou Paulo Cesar Corrêa, professor e pesquisador da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

O segundo painel do Seminário, por sua vez, tratou sobre contaminantes biológicos, um dos maiores desafios para os grandes usuários da soja na alimentação animal. Também fez parte das discussões os vários aspectos que envolvem o uso de pesticidas, com foco em resíduos de pesticidas no Brasil, visão dos importadores sobre a temática e até mesmo o banimento de produtos e suas possíveis consequências ao setor produtivo. 

O evento debateu ainda as tecnologias atualmente utilizadas nas operações de classificação de soja e contou com apresentação do Yoshio Fugita, Auditor Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), sobre o cenário futuro para o processo de classificação. O painel sobre classificação também contou com a apresentação de detalhes sobre a implantação do laboratório de aferição e calibração de equipamentos que fazem a medição da umidade dos grãos em Cuiabá (MT) pelo Instituto de Pesos e Medidas do Mato Grosso (IPEM-MT). O laboratório será o primeiro da região do centro-oeste brasileiro e o segundo a ser implantado no Brasil e irá auxiliar no cumprimento das exigências da portaria 402, de 15 de agosto, que determinam que os equipamentos de medição de umidade atendam especificações fixadas pelo Inmetro para implantação do controle metrológico legal.

O tema de fechamento do Seminário foi a Agenda Regulatória do Secretária de Defesa Agropecuária com uma apresentação sobre a revisão da normativa de classificação de soja, realizada por Glauco Bertoldo, diretor do departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DIPOV/MAPA), que reforçou a abertura para que todos participem do processo, contribuindo para um agronegócio cada vez mais pujante.  “É fundamental que todos tragam contribuições que nos ajudem a construir algo melhor para o nosso País, para que o Complexo Soja possa continuar puxando a nossa balança comercial e garantindo a relevância do Brasil no mercado internacional”. 

Promovido pela Embrapa Soja, o seminário contou com o apoio da ABIOVE (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), ACEBRA (Associação das Empresas Cerealistas do Brasil), ANEC (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal).

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