Sigatoka-negra é tema de reunião entre Mapa, Embrapa e Adab

O encontro reuniu o fiscal federal agropecuário Ériko Sedoguchi e técnicos da Adab, do Mapa, a Chefia e equipes da Pesquisa e do Setor de Gestão de Transferência de Tecnologia

31.03.2016 | 20:59 (UTC -3)
Alessandra Vale

Com o surgimento da Sigatoka-negra, importante doença da cultura da banana, na Bahia, os técnicos da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab) solicitaram que um representante do Mapa viesse ao estado para uma discussão em conjunto sobre as medidas a serem adotadas com relação à mitigação de riscos e ao projeto para reconhecimento de novas áreas livres da doença em outras regiões onde ainda não foram observados focos.

Este foi o objetivo do encontro realizado nesta terça, 29 de março, na Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), que reuniu o fiscal federal agropecuário Ériko Sedoguchi e técnicos da Adab, do Mapa, a Chefia e equipes da Pesquisa e do Setor de Gestão de Transferência de Tecnologia. Na ocasião, a Adab apresentou um projeto para contingência da praga e algumas medidas para mitigação de risco que estão sendo implementadas nas áreas onde foi identificada a doença. "O conteúdo da apresentação está de acordo com a legislação relativa à Sigatoka-negra. Acredito que não haverá problemas para a implantação do sistema de mitigação de risco no estado. E nas áreas onde ainda não foram observados focos, nós vamos analisar a proposta para reconhecimento de área livre da doença", afirmou Ériko.
O próximo passo será o encaminhamento do projeto pela Adab ao Ministério. Caso não haja necessidade de informações complementares, será agendada, segundo o fiscal, uma auditoria para averiguar se nas regiões que estão sendo apontadas como livres realmente não há a presença da praga. "Vamos coletar amostras, encaminhar para análise laboratorial e, se não houver a detecção, será possível que alguns municípios sejam novamente reconhecidos como área livre."
Sobre o papel da Embrapa no conjunto de medidas, Ériko destaca o desenvolvimento de variedades resistentes. "Essas variedades podem ser adotadas pelos produtores, principalmente nas regiões onde a praga já ocorre, visando manter a produtividade e evitando perdas comerciais."
Ele acrescenta que a ocorrência está restrita a poucas regiões (Recôncavo e sul do estado). "De modo que, mantendo a situação atual, acreditamos que seja possível reconhecer algumas áreas livres no estado. Com o controle de trânsito para proteger as áreas livres e a adoção de variedades resistentes nas áreas com a presença da praga, acreditamos que seja possível manter a ocorrência da Sigatoka-negra sob controle", complementou.

Cuidados na Unidade
Desde a suspeita da presença da Sigatoka-negra na região do Recôncavo, no fim do ano passado, e considerando a grande área experimental plantada com bananeiras, a Unidade vem aplicando as medidas determinadas pela Adab para minimizar o risco da disseminação da doença. O fungo causador é facilmente transportado não apenas pelo vento, insetos e outros organismos, mas principalmente por material vegetal e qualquer superfície. Por isso, os veículos que vão fazer viagens para outras regiões, assim como os visitantes, devem ser obrigatoriamente pulverizados na portaria. Com esta finalidade, foi instalado um rodolúvio para atender a essa exigência e evitar o transporte de propágulos entre regiões produtoras de banana.

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