Somente em MT, agroindústria consome mais de 4 milhões de toneladas de grãos

Aprosoja mostrou durante salão internacional, em São Paulo, a sustentabilidade na produção de soja e milho

31.08.2017 | 20:59 (UTC -3)
Ascom Aprosoja

A produção de soja e milho mato-grossense é matéria prima para alimentação animal. De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 3,2 milhões de toneladas de milho são destinados para ração, a maioria para aves e suínos. Já quase um milhão de toneladas de soja que ficam no mercado interno são destinados à fabricação de farelo, que alimenta também aves e suínos.

Por isso, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) participa nesta semana do Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS), em São Paulo. “Estamos mostrando o trabalho para o nosso consumidor. A agroindústria consome milho e soja e, por isso, aproveitamos esta oportunidade para explicar que a produção em Mato Grosso é sustentável. Apresentamos como isso é feito por meio do programa Soja Plus”, explica Elso Pozzobon, vice-presidente da Aprosoja.

Para Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), organizadora do evento, a aproximação entre a agroindústria e o produtor rural é fundamental para um mercado estável. “É bom para o produtor, que precisa muito de preço, e bom para a agroindústria, que fica com a garantia de que alguém está plantando porque é remunerado”, afirma.

“Os mercados consumidores estão cada vez mais exigentes, desde o que está sendo feito porteira adentro, como a gestão da propriedade como um todo, trabalhadores qualificados, bem estar social e ambiental, obas práticas na produção. Tudo isso abre portas para mercados e gera um produto de qualidade para quem está consumindo”, diz Cristiane Sassagima, gerente de Pesquisa e Gestão de Propriedades da Aprosoja.

O Soja Plus é o programa de gestão das propriedades da Aprosoja. Por meio dele, os agricultores começam a adequar suas propriedades nas legislações trabalhista e ambiental brasileiras. Os supervisores de campo fazem um check list com os principais itens a serem adequados e os proprietários ou gerentes participam de cursos de capacitação oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT).

E o programa vem ganhando espaço internacionalmente com o reconhecimento da Europa e da China. Desta forma, mais parceiros se juntam ao programa, como o a Iniciativa de Comércio Sustentável (IDH), uma organização holandesa com foco em sustentabilidade.

Em julho, houve a assinatura do projeto “Melhoria Contínua para uma Área de Abastecimento Sustentável”, o projeto piloto tem a meta de, em até dois anos, ampliar a abrangência do Soja Plus para 200 novas propriedades de agricultores. 

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