Tecnologia e inteligência artificial marcam nova era da agricultura irrigada

No mercado desde 2018, pivô central inteligente Valley compõe sistema de irrigação autônomo

18.06.2021 | 20:59 (UTC -3)
Breno Cordeiro

Tecnologia, automação e máquinas inteligentes. Sistemas conectados que funcionam de forma independente, sem a necessidade da intervenção humana. Equipamentos que conversam entre si e tomam decisões de acordo com cada necessidade. Estas ideias eram consideradas parte de um futuro distante, mas a verdade pode surpreender: no setor da agricultura irrigada, o futuro já chegou.  

Para perceber essa nova realidade, basta lançar um olhar sobre as inovações tecnológicas que vêm movimentando o segmento. Os equipamentos que compõem os sistemas de irrigação modernos são dotados de soluções que visam à automação, facilitando o cotidiano do produtor e transformando o campo em um cenário marcado pela tecnologia.  

Merecem destaque, por exemplo, os produtos que já fazem uso de tecnologias como a inteligência artificial e a Internet das Coisas (IoT, ou Internet of Things) – que viabilizam a criação de produtos que não só incluem, mas vão além do monitoramento ou do controle remoto dos equipamentos de irrigação.  

Na Valmont Irrigation, empresa do setor de serviços para irrigação de precisão, proprietária da marca de pivôs centrais Valley, este tipo de projetos já levou ao lançamento de diversos produtos.  

Quase três anos atrás, a empresa anunciava uma parceria de escala mundial com a Prospera Technologies, companhia israelense especializada em levantamento de dados e desenvolvimento de soluções de inteligência artificial. Agora, com a finalização da aquisição das tecnologias Prospera, o processo já movimentou US$ 300 milhões e está resultando na criação de soluções que permitem vislumbrar como será o futuro do setor. 

"A Valley está transformando o pivô central. Ele deixa de ser apenas uma máquina de irrigação para se tornar uma ferramenta autônoma de gestão de culturas", comentava o presidente e CEO da Valmont, Stephen G. Kaniewski, em fevereiro de 2019.  

Desde o início, a parceria é guiada pelo objetivo de integrar estas tecnologias avançadas aos pivôs de irrigação Valley, que somavam, já naquela época, mais de 60 mil dispositivos conectados. 

"O pivô inteligente já é uma realidade. Graças a novidades como as tecnologias Prospera, os últimos três anos foram palco de muitos avanços significativos para a Valley e para o desenvolvimento de projetos que vão deixar marcas duradouras e transformar para sempre o que entendemos como irrigação", destaca o diretor-presidente da Valmont Brasil, Renato Silva. 

Dotada com a maior rede de distribuição do mercado, com mais de 500 revendedores em todo o mundo, a Valley é líder do setor – o que se justifica exatamente pelo desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, capazes de transformar o futuro em realidade. No Brasil, a Valley responde por cerca de 60% do market share do segmento de pivôs centrais.  

Inovação. Com o foco em tecnologia que marca o desenvolvimento de todas as soluções Valley, alguns produtos já trazem a marca da próxima era da agricultura irrigada. 

Chama a atenção, por exemplo, o Valley 365 – definido como a primeira migração para a Agricultura 5.0, uma nova era do setor, marcada não só pela presença, mas pelo protagonismo da tecnologia e da automação nos pivôs centrais.  

Com o Valley 365, o produtor tem acesso a todas as tecnologias oferecidas pela marca Valley, em um só produto.  

Com funcionamento baseado no armazenamento de dados em nuvem, a plataforma atua na lavoura 365 dias por ano, oferecendo informações sobre monitoramento e controle, previsão e planejamento, otimização e aplicação e informações e análises, integradas a soluções como a Irrigação de Taxa Variável (VRI), a plataforma de gerenciamento de irrigação e o AgSense – tecnologia que permite o controle remoto do sistema de irrigação, ou seja, a telemetria. 

Disponível em alguns países e já em fase de testes no Brasil, também vale ressaltar o Valley Insights – um serviço avançado, baseado na inteligência artificial e machine learning, que usa imagens aéreas para examinar virtualmente as culturas, identificando problemas relacionados à saúde das lavouras, à aplicação de água, entre outros, gerando relatórios inteligentes para uma melhor tomada de decisão, distanciando-se de outras soluções disponíveis no mercado.  

Entre os problemas que podem ser detectados pelo Valley Insights, destacam-se as falhas relacionadas ao pivô e o estresse causado por ervas daninhas, deficiências nutricionais ou aplicação química inadequada.

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