Trabalho conjunto entre MAPA e Porto de Salvador agiliza a exportação das frutas do Vale do São Francisco

​Para dar mais agilidade ao atendimento às cargas de frutas, a parceria disponibiliza auditores fiscais para vistoria de domingo a domingo, das 7h às 20h e, sempre que necessário, a fiscalização se estende por 24 horas

06.11.2017 | 21:59 (UTC -3)
Hugo Reis

Para dar mais agilidade ao atendimento às cargas de frutas, uma força-tarefa mobilizada entre Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Terminal de Contêineres do Porto de Salvador disponibiliza auditores fiscais para vistoria de domingo a domingo, das 7h às 20h e, sempre que necessário, a fiscalização se estende por 24 horas, da segunda-feira para a terça-feira, mediante agendamento prévio. Um diferencial em relação aos demais portos do Nordeste.

Ao final da colheita nos campos produtores de fruta, alcançar o menor transit time entre a fazenda e o país de destino é fundamental para o exportador, que ganha maior tempo de prateleira, agregando valor ao produto. Dentro desse processo, que envolve toda uma cadeia logística, a agilidade na vistoria obrigatória feita pelo MAPA é parte importante para o andamento da operação dentro dos prazos pré-agendados pelos armadores (donos de navios) e produtores. Passada a fase da entressafra (janeiro a junho), também chamada de safrinha, ocorre o período de maior movimentação de manga e uva no Porto de Salvador. Na Safra, com pico de escoamento em outubro, o volume de contêineres chega a ser seis vezes maior que o período da safrinha.

De acordo com Patrícia Iglesias, diretora comercial do Tecon Salvador, estes são os dias que antecedem a chegada dos navios que embarcam as frutas do Vale para Europa, e contar com essa flexibilidade do MAPA faz toda a diferença na logística pré-embarque. “Estando liberada, a carga é posicionada para ser removida até o navio sem comprometer o agendamento do armador, e oferecendo mais segurança para o produtor que não corre o risco de perder o navio e estragar a fruta”, explica Iglesias.

Entender as especificidades do embarque da carga refrigerada e ofertar as melhores condições de atendimento gera mais confiança na escolha por Salvador para escoar a produção. “Por isso, o terminal baiano além de realizar agendamento de gate on-line 24 horas, se empenhou em dialogar com os demais órgãos que interagem com esta operação para seguir diminuindo gargalos, buscando soluções que somam para uma movimentação eficiente e mais produtiva”, reforça Iglesias. Outra ação relevante é a reestruturação feita pela CODEBA na plataforma de fiscalização das exportações, que proporciona mais agilidade na liberação das mercadorias pelo MAPA, aliado ao fato do Porto de Salvador contar com a Via Expressa, que garante fluidez no trânsito, facilitando o acesso ao local sem gerar congestionamento nas vias públicas.

Por ser um período de significativo aumento de demanda na exportação de frutas pelo Porto de Salvador, Carlos Freire, chefe do Serviço de Vigilância Agropecuária do MAPA na Bahia, explica que os fiscais ficam a postos para as demandas emergenciais. “Esse trabalho conjunto possibilita que todos sejam atendidos, e assegura ao mercado a tranquilidade de ter seu produto vistoriado em tempo de cumprir sua agenda de exportação”, reforça Freire.

Há cinco anos consecutivos o Porto de Salvador está entre os principais Portos do Nordeste no escoamento de manga e uva do Vale do São Francisco. O volume da entressafra exportado via Tecon Salvador cresceu 112%, em relação ao ano passado. A tendência é de que os números continuem crescendo, já que agora em setembro deu-se início a grande safra, com pico de exportação em outubro, e com boas perspectivas de ter o terminal baiano como principal via de escoamento da manga e uva produzida no Vale.

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