Após um período de adequações necessárias em virtude da nova realidade econômica do país, a Tramontini, empresa de tratores sediada em Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, vem investindo em novos projetos. Com mais de 30 anos no mercado, a indústria gaúcha aposta no incremento da sua linha de produtos para ampliar ainda mais seus negócios no país. Entre as principais novidades da Tramontini, estão os tratores isométricos, reversíveis e articulados, que serão apresentados comercialmente pela primeira vez nesta Expointer 2016.
As máquinas são fruto de um importante acordo de cooperação internacional fechado recentemente entre a fabricante gaúcha e a montadora italiana Antonio Carraro. O negócio com a multinacional visa à distribuição e comercialização dos tratores no primeiro momento. Entretanto, faz parte do acordo com os italianos, a nacionalização de tecnologia, onde as máquinas passariam a ser montadas no parque fabril da Tramontini, em Venâncio Aires. Através deste projeto, a empresa pretende oferecer ao mercado tratores de aplicações específicas e tecnologia superior. “Esse acordo vai mudar nosso posicionamento no mercado. Vamos incorporar ao nosso portfólio um produto diferenciado, que ainda não é oferecido no mercado nacional. Futuramente, nosso objetivo é lançar uma versão nacional, montada aqui no Estado”, revela o diretor executivo da indústria, Ubirajara Choairi.
Conforme o representante da Antonio Carraro na América Latina, Aldo Lingua Latorre, a Antonio Carraro está há quatro anos estudando o mercado brasileiro e percebe que o paós tem um grande potencial para regiões de cultivo condensado, especialmente de vinhedos, fruticultura e café. "Atualmente não há no mercado máquinas que trabalhem em relevos acima de dez graus, e os equipamentos da Antonio Carraro conseguem atender até 40 graus. A parceria com a Tramontini vem nesse sentido, e o foco é o mercado do Rio Grande do Sul. Em um segundo momento, pretendemos expandir para Minas Gerais e a região do café", destaca.
Três modelos estarão expostos ao público no setor de máquinas na Expointer. São eles: TRX 7800 (Cabinado), TN 6400 (articulado) e o ST 5800 (reversivel).
Os equipamentos possuem potências entre 50 cavalos (CV) e 75 cavalos, desenvolvidos especialmente para regiões de difícil acesso ou montanhosas, onde geralmente são cultivadas frutas, hortaliças, café, entre outras culturas. “São máquinas de alta tecnologia, que apresentam uma nova proposta para as operações diárias do campo, gerando rentabilidade, principalmente para produtores que tenham uma gestão avançada de sua atividade rural”, garante Choairi.
Ainda por serem reversíveis, os tratores podem trafegar em ambas as direções, apenas alterando a posição do banco, que gira juntamente com o painel, invertendo o sentido de deslocamento. Também possuem modelos com sistema de levante frontal, além do traseiro, o que permite utilizar dois implementos ao mesmo tempo. Os modelos estão disponíveis com ou sem cabina e com transmissão sincronizada de 16 marchas à frente e mesma quantidade de marchas à ré.
Novidades na linha de jardinagem
Inspirada em sua campanha institucional, Novos Rumos, a Tramontini tem mirado seu foco no trabalho de identificação de novos mercados e novos produtos a serem ofertados, tanto que no início deste ano foram lançados diversos produtos, que complementam sua linha de motores, geradores e motobombas. Estes produtos são de menor porte, comparados ao que a indústria comercializa até então, embora com grande circulação no mercado.
Ainda neste ano, a Tramontini apresentou a complementação do mix de produtos da linha de reversores, com o lançamento do RT 100, na versão mecânica. Também ocorreu a entrada de quatro novos modelos de cortadores, na linha jardinagem e hortifutigranjeiros (Cortadores – CGT 3.5, CGT 5.0, CGT 6.0, CGT 6.0T). Além destes, a empresa tem a previsão de lançar mais produtos dentro do negócio motores até o final do ano.
Conforme o diretor executivo da Tramontini, Ubirajara Choairi, a empresa vem colocando todos os esforços em um novo modelo empresarial, buscando novos rumos, com objetivo especial de alcançar uma melhor colheita. "De uma forma geral todas as empresas, assim como as pessoas, sentiram as dificuldades geradas pela recessão dos últimos meses. Muitos se acomodaram e seguem aguardando por novos ventos. Nós nos adequamos estruturalmente e implementamos novas políticas para uma gestão mais eficiente em todo o processo produtivo, administrativo, comercial e financeiro", observa.
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