UPL reúne especialistas para refletir sobre a resistência de plantas daninhas até 2025

Com Wolf Team, empresa busca novas soluções tecnológicas para o manejo de herbicidas nas lavouras

02.05.2016 | 20:59 (UTC -3)
Nikolas Capp

Unidos somos mais fortes. Este é o pensamento da UPL Brasil ao criar o Wolf Team, um grupo de renomados especialistas de todo o Brasil reunidos para pensar e planejar o futuro da resistência de plantas daninhas aos herbicidas. Pesquisadores de diversas culturas e que trabalham em regiões diferentes do país se reuniram para os primeiros debates sobre o tema. O Wolf Team pretende chegar a conclusões que possam ajudar os produtores a anteverem a evolução das plantas daninhas e diminuir o impacto na produtividade das lavouras.

“Temos uma situação de resistência das plantas daninhas ao glifosato crescente a cada safra. Estamos todos preocupados com esse futuro. Prevendo este problema, nos unimos para discutir o que fazer hoje para evitar que o produtor seja afetado daqui alguns anos. Em 2025, por exemplo, como será? Precisamos entender o problema para pensar nas soluções e depois agir. Nada melhor do que os principais pesquisadores pensando juntos para que o resultado seja ainda mais efetivo”, explica Luciano Zanotto, Gerente de Produtos Herbicidas da UPL Brasil.

Dados da consultoria Sparks Companies Inc. mostram que a resistência de plantas daninhas aumenta 6,2% ao ano e um dos principais produtos para isso em diversas culturas tem 48% menos rendimento do que possuía quando começou a ser utilizado. A queda na produtividade das lavouras – 20% na produção de soja e 22% na produção de milho – também reflete a importância da preocupação dos pesquisadores.

Para auxiliar neste trabalho, o Wolf Team reúne estudiosos em soja, milho, algodão, cana, arroz e pastagem de diversos estados do Brasil. Para os cientistas, entender a estrutura das plantas daninhas passa por uma ação conjunta e que impactaria todas as culturas.

“Cada pesquisador traz a realidade da região e da cultura em que trabalha, mas no fim o problema é o mesmo. São experiências diferentes e que podem contribuir para uma solução para todos”, afirma Sylvio Henrique Bidel Dornelles, pesquisador da Universidade Federal de Santa Maria, que trabalha com pesquisas voltadas para a cultura do arroz, na cidade do Rio Grande do Sul.

“Esta primeira reunião do grupo pode desencadear soluções importantes para todos os produtores no Brasil. Esses estudos em grupo geram conhecimento que podem e devem ser difundidos para que nossas lavouras sejam mais produtivas no futuro”, completa Luciano Zanotto.

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